quinta-feira, 15 de junho de 2017

Encontro 27-05-2017: Tomaz Tadeu. Antropologia do Ciborgue: as vertigens do pós-humano.

1-  Desejamos Boas Vindas: Bruna do 5º Período, Gabriela do 1º Período e Renan do 5º Período.

2- Leituras:

COHEN, Jeffey Jerome. A cultura dos monstros: sete teses. In: SILVA, Tomaz Tadeu (org.). Pedagogia dos Monstros: os prazeres e os perigos da confusão de fronteiras. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.

In: SILVA, Tomaz Tadeu. Antropologia do Ciborgue: as vertigens do pós-humano. Belo Horizonte: Autêntica, 2009. Capítulo: ciborgues: o corpo elétrico e a dissolução do humano.

            Iniciamos relembrando sobre a leitura Pedagogia dos Monstros, que os monstros chegam para anunciar que vai explodir com as classificações, anunciar que a diferença está vindo. Que essa visão é cultural, ou seja, identidades que geram a diferença, mesmo que provisória. Assim, demos continuidade às teses:


·         Tese V O monstro Policia , As fronteiras do possível: gera o incômodo na “norma”, rompendo com os limites, um novo olhar/o olhar diferente. Sendo assim o Monstro não é o sujeito e sim o pensamento que modifica o que o contexto não é de acordo.

·         Tese VI O medo do monstro é realmente uma espécie de desejo: o monstro faz o que é proibido, ele está na boca do povo e do mesmo jeito que é agredido, é invejado, devido. Tudo isso, porque o monstro consegue ser quem ele é, assim ou as pessoas fantasiam dominar o monstro ou ser como ele, e o desejo da mente sendo classificatório do monstro, tudo isso está no seu momento histórico, até onde sou a diferença tolero, mas quando sou a norma não mais.

·         Tese VII O Monstro está situado no limiar... do tornar-se: o monstro não é nada arbitrário, ou seja, dentro da norma. O incômodo se dá pelo diferente, não permitindo ver quem é, e por não conseguir ser da seguinte forma vem as críticas. E as pessoas que estão dentro de todas as normas é o preocupante, pois transitam e em cada momento é uma “norma”, gera a explosão.


O que não é, gera um monstro, sendo a identidade de cada um, é necessário ver o outro como uma possibilidade de ser na sociedade. A propósito, não somos, estamos acontecendo conforme o momento histórico, uma experiência de si, e o amanhã pode acontecer de uma outra maneira.

Após essa discussão, entramos na leitura do Ciborgue, que vem a ser o estar acontecendo, um mundo de operações de sentidos, sendo “artificial”, organismo/ máquina, sendo o controle da máquina sobre nós. E João fala a respeito do tecno-humano, e lê um trecho:  “A ideia do ciborgue, a realidade do ciborgue, tal como a da possibilidade da clonagem, é aterrorizante, não porque coloca em dúvida a origem divina do humano, mas porque coloca em xeque a originalidade do humano”.

Sobre o esse sujeito Rubens diz: que somos frutos dos agenciamentos (acoplamento de máquinas) que nós é feito, produzindo o real na comunicação de máquinas, sendo uma singularidade, com fluxos que se denomina sujeito. E quando se pensa nessas transformação ocorrendo no mundo tecnológico, que vem a ser um bombardeio de inovações e informações que transcende, se denomina esse sujeito como híbridos. Com isso a Bruna diz: não existe mais nada puro hoje. Para Gray, Mentor e Figueroa-Sarriera (1995, p. 3), as tecnologias ciborguianas podem ser: 1. restauradoras: permitem restaurar funções e substituir órgãos e membros perdidos; 2. normalizadoras: retornam as criaturas a uma indiferente normalidade; 3. reconfiguradoras: criam criaturas pós-humanas que são iguais aos seres humanos e, ao mesmo tempo, diferentes deles; 4. melhoradoras: criam criaturas melhoradas, relativamente ao ser humano.

“Integre-se, pois, à corrente. Plugue-se. Ligue-se. A uma tomada. Ou a uma máquina. Ou a outro humano. Ou a um ciborgue. Torne-se um: devir-ciborgue. Eletrifiquese. O humano se dissolve como unidade. É só eletricidade.Tá ligado?”


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