quarta-feira, 19 de abril de 2017

08 de abril: COHEN, Jeffrey Jerome. A cultura dos monstros: sete teses.

1- Convite ao Simpósio UNESP - Rio Claro de 15 á 18 de Junho. E convite ao CONBRACE - Goiania de 17 á 21 de Setembro.


2- Apresentação Monique - México

Hoje, 08 de Abril, segundo encontro do semestre do GEPEF, recebemos de volta nossa companheira Monique que, como já comentado em escritos anteriores, estava no México, como intercambista e, aproveitando a oportunidade, fez alguns paralelos com seu trabalho de iniciação científica. Com o objetivo de apresentar os resultados de suas pesquisas e vivências, foi organizada uma apresentação sobre esse tempo que passou fora do país, cuja qual, escrevo alguns comentários, já que ela volta a ser representante da ata.
Em primeiro lugar, preocupou-se em demonstrar como era o ambiente no México, como foi a viagem, as questões da língua, sobre a universidade que foi estudar, as matérias, os trabalhos (que eram muitos) e tudo que envolveu o intercâmbio e o meio acadêmico. Um dos pontos interessantes que foi ressaltado, é a de que, no México, para se dar aula na faculdade onde ela estava, não era necessário nenhum tipo de formação especializada seja no âmbito lato ou strictu senso. Aqueles que davam aulas eram ex-atletas, ou formados em outras áreas que não a Educação Física, como a Medicina, por exemplo. Daí, segundo o relato, eram cobrados dos alunos que fossem ótimos praticantes esportivos, porém, a parte pedagógica, metodológica, era deixada de lado. Por curiosidade, nos contou que uma das provas de basquete era sobre não deixar que roubassem a bola da sua mão, caso contrário, sua nota caia pela metade.
Lá, a Educação Física é dividida em várias áreas diferentes e cada uma com o seu conhecimento específico, sendo identificados ao menos 5 tipos de cursos diferentes voltados para o componente (ex: Treinamento esportivo, Ciência del Deporte, Educação Física, etc). Foi dito que as tecnologias são bastante utilizadas por lá, porém, como uma forma de pesquisa e de consulta. Os celulares não sao utilizados de forma avulsa ou em momentos considerados inapropriados. Caso contrário, sofre-se uma repressão forte em relação ao uso, que ja é regulado por placas de aviso.
Em relação as escolas, o qual é o foco do trabalho de iniciação científica, foi pesquisado e estudado do modelo de ensino e organização dos mexicanos, sintetizado em alguns pontos importantes:
·         30 minutos por aula
·         30 a 40 alunos por sala
·         Sem quadra
·         Disciplina muito grande dos alunos
As escolas também tem uma divisão diferente do que conhecemos aqui no Brasil, sendo possível identificar sua estruturação da seguinte forma: Guarderia (lactante-40 dias á 1,5 anos; maternal-1,5 á 3 anos; pré-escolar-3 á 4 anos; kinder-4 á 5 anos), Primária (I á VI-6 á 12 anos), Secundária (I á III-13 á 15 anos) e Preparatória o Escola Técnica (I á III - anos, o I á VI - semestre).
O questionário foi aplicado aos professores e aos alunos da universidade, o qual estará disponível para verificação nas mídias de comunicação do grupo. Fato importante, é que o questionário foi construído com uma das professoras da universidade que sugeriu mais questões de alternativas, já que revelou a possibilidade de ocorrer um inesperado desinteresse dos alunos em respondê-lo. Parte bastante interessante que a pesquisa revelou, foi o conhecimento de alguns em relação as definições de tecnologia e o desconhecimento de alguns sobre o termo, levando a respostas do tipo “Tecnologia é tecnologia” para a pergunta “O que é tecnologia?”.
Resumidamente, a pesquisa ultrapassou as expectativas de entrevistados e o trabalho segue para o seu rumo final. Desejamos toda a sorte para a companheira Monique!

3- Tema: Estudos Culturais

Leitura Principal: COHEN, Jeffey Jerome. A cultura dos monstros: sete teses. In: SILVA, Tomaz Tadeu (org.). Pedagogia dos Monstros: os prazeres e os perigos da confusão de fronteiras. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.


Depois da apresentação e das perguntas, iniciamos conversando a respeito do que vem a ser os Estudos Culturais, através do seu surgimento por dois homens na Inglaterra em busca de estudar os marginais, ou seja, os que estão situados abaixo na sociedade.
Com isso, se define Estudos Culturais, aquele estudo que explora o como a cultura constroem os “artefatos”. É o estudo das pessoas que sofrem por não fazerem parte de uma cultura maior e sim da sua própria, e que é pequena, mas que não segue o “manual”, para ser aceito na sociedade. Assim, essas pessoas sendo consideradas “os diferentes”.
E correlacionando com o texto, João afirma: que os monstros se tornam a partir do discurso de que o que seguem é o errado. E Rubens continua: que os monstros escapam do “normal”-hegemônico, e que todo mundo é monstro, esconde algo para se encaixar onde quer. Isso, explode com tudo e é a mudança.
Com a leitura do dia, se inicia falando sobre as teses:


-       Tese I  O corpo do monstro é o corpo cultural: o monstro avisa ser e ter a diferença perante aos outro, e que varia de local para local, assim tendo a sua própria cultura;

-       Tese II O monstro sempre escapa: não tem como classificar os monstros, porque eles são como por exemplo a gaveta que se guarda várias coisas distintas entre si. A ponto que as culturas se modificam e criam novos monstros, mas a diferença é que o monstro sempre vai voltar;

-       Tese III  Os monstros são o arauto da crise de categoria: quando se relaciona com o arauto, é o que vem anunciar a diferença. Assim foge de tudo, sendo o diferente;

-       Tese IV ???: A exclusão do outro a ponto de tirar o lugar dele, sendo assim, o contexto histórico que acaba criando os monstros. Os monstros borram tudo, mostrando que não é de nenhum lado e sim o diferente!