1- Convite ao Simpósio UNESP - Rio
Claro de 15 á 18 de Junho. E convite ao CONBRACE - Goiania de 17 á 21 de Setembro.
2- Apresentação
Monique - México
Hoje, 08 de Abril, segundo encontro
do semestre do GEPEF, recebemos de volta nossa companheira Monique que, como já
comentado em escritos anteriores, estava no México, como intercambista e,
aproveitando a oportunidade, fez alguns paralelos com seu trabalho de iniciação
científica. Com o objetivo de apresentar os resultados de suas pesquisas e
vivências, foi organizada uma apresentação sobre esse tempo que passou fora do
país, cuja qual, escrevo alguns comentários, já que ela volta a ser
representante da ata.
Em primeiro lugar, preocupou-se em
demonstrar como era o ambiente no México, como foi a viagem, as questões da
língua, sobre a universidade que foi estudar, as matérias, os trabalhos (que
eram muitos) e tudo que envolveu o intercâmbio e o meio acadêmico. Um dos
pontos interessantes que foi ressaltado, é a de que, no México, para se dar
aula na faculdade onde ela estava, não era necessário nenhum tipo de formação
especializada seja no âmbito lato ou strictu senso. Aqueles que davam aulas
eram ex-atletas, ou formados em outras áreas que não a Educação Física, como a
Medicina, por exemplo. Daí, segundo o relato, eram cobrados dos alunos que
fossem ótimos praticantes esportivos, porém, a parte pedagógica, metodológica,
era deixada de lado. Por curiosidade, nos contou que uma das provas de basquete
era sobre não deixar que roubassem a bola da sua mão, caso contrário, sua nota
caia pela metade.
Lá, a Educação Física é dividida em
várias áreas diferentes e cada uma com o seu conhecimento específico, sendo
identificados ao menos 5 tipos de cursos diferentes voltados para o componente
(ex: Treinamento esportivo, Ciência del Deporte, Educação Física, etc). Foi
dito que as tecnologias são bastante utilizadas por lá, porém, como uma forma
de pesquisa e de consulta. Os celulares não sao utilizados de forma avulsa ou
em momentos considerados inapropriados. Caso contrário, sofre-se uma repressão
forte em relação ao uso, que ja é regulado por placas de aviso.
Em relação as escolas, o qual é o
foco do trabalho de iniciação científica, foi pesquisado e estudado do modelo
de ensino e organização dos mexicanos, sintetizado em alguns pontos
importantes:
· 30 minutos por aula
· 30 a 40 alunos por sala
· Sem quadra
· Disciplina muito grande dos alunos
As escolas também tem uma divisão
diferente do que conhecemos aqui no Brasil, sendo possível identificar sua
estruturação da seguinte forma: Guarderia (lactante-40 dias á 1,5 anos;
maternal-1,5 á 3 anos; pré-escolar-3 á 4 anos; kinder-4 á 5 anos), Primária (I
á VI-6 á 12 anos), Secundária (I á III-13 á 15 anos) e Preparatória o Escola
Técnica (I á III - anos, o I á VI - semestre).
O questionário foi aplicado aos
professores e aos alunos da universidade, o qual estará disponível para
verificação nas mídias de comunicação do grupo. Fato importante, é que o
questionário foi construído com uma das professoras da universidade que sugeriu
mais questões de alternativas, já que revelou a possibilidade de ocorrer um
inesperado desinteresse dos alunos em respondê-lo. Parte bastante interessante
que a pesquisa revelou, foi o conhecimento de alguns em relação as definições
de tecnologia e o desconhecimento de alguns sobre o termo, levando a respostas
do tipo “Tecnologia é tecnologia” para a pergunta “O que é tecnologia?”.
Resumidamente, a pesquisa ultrapassou
as expectativas de entrevistados e o trabalho segue para o seu rumo final.
Desejamos toda a sorte para a companheira Monique!
3- Tema: Estudos
Culturais
Leitura Principal: COHEN, Jeffey Jerome. A cultura dos monstros: sete teses. In:
SILVA, Tomaz Tadeu (org.). Pedagogia dos Monstros: os prazeres e os perigos da
confusão de fronteiras. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
Depois da apresentação e das
perguntas, iniciamos conversando a respeito do que vem a ser os Estudos
Culturais, através do seu surgimento por dois homens na Inglaterra em busca de
estudar os marginais, ou seja, os que estão situados abaixo na sociedade.
Com isso, se define Estudos
Culturais, aquele estudo que explora o como a cultura constroem os “artefatos”.
É o estudo das pessoas que sofrem por não fazerem parte de uma cultura maior e
sim da sua própria, e que é pequena, mas que não segue o “manual”, para ser
aceito na sociedade. Assim, essas pessoas sendo consideradas “os diferentes”.
E correlacionando com o texto, João
afirma: que os monstros se tornam a partir do discurso de que o que seguem é o
errado. E Rubens continua: que os monstros escapam do “normal”-hegemônico, e
que todo mundo é monstro, esconde algo para se encaixar onde quer. Isso,
explode com tudo e é a mudança.
Com a leitura do dia, se inicia
falando sobre as teses:
- Tese I O corpo do monstro é o corpo cultural: o
monstro avisa ser e ter a diferença perante aos outro, e que varia de local
para local, assim tendo a sua própria cultura;
- Tese II O monstro sempre escapa: não
tem como classificar os monstros, porque eles são como por exemplo a gaveta que
se guarda várias coisas distintas entre si. A ponto que as culturas se
modificam e criam novos monstros, mas a diferença é que o monstro sempre vai
voltar;
- Tese III Os monstros são o arauto da crise de categoria:
quando se relaciona com o arauto, é o que vem anunciar a diferença. Assim foge
de tudo, sendo o diferente;
- Tese IV ???:
A exclusão do outro a ponto de tirar o lugar dele, sendo assim, o contexto
histórico que acaba criando os monstros. Os monstros borram tudo, mostrando que não é de nenhum lado e
sim o diferente!