TEXTO: MOSSI, Cristian Poletti. Teoria em ato: o que pode e o que
aprende um corpo? Educação e Pesquisa, São Paulo, v.
41, n. especial, p. 1541-1552, dez., 2015.
Sugestão
audiovisual: Filme
"Na natureza selvagem" (2007).
O encontro de hoje, foi coordenado pelo
membro do nosso grupo, João Pedro, ele também ficou responsável em fazer um
resumo do texto, para facilitar a leitura para os iniciantes. Ao chegarmos na
sala, havia algumas imagens e frases sobre a multiplicidade de corpos, que João
colocou e, também ele nos pediu para que levássemos alguns “gatilhos” do texto
(palavras e/ou frases) para colocarmos na lousa.
Começamos dizendo alguns dos gatilhos, para
colocar na lousa, e foi divido como nos tópicos que o autor utilizou no texto,
sendo eles: o que pode e aprende um corpo? Corpo fendido; Corpo-sem-órgãos.
Nossa discussão girou em torno desses três eixos, colocado pelo autor e,
conversa bastante com o estamos estudando, a aprendizagem inventiva.
Elder mencionou, “a Educação – escrita assim,
em caixa alta –, a Grande Educação, Educação Maior, focada na aprendizagem de
conteúdos fechados, e não ao sabor dos encontros que por ventura podem instigar
o pensamento a pensar, como nos propõe Deleuze (2006), parece ter nos feito esquecer
que temos corpo”. (MOSSI, 2015, p. 1543).
Logo relacionamos essa Educação Maior, com as
práticas dos currículos tradicionais, que desenvolvem conteúdos fechados, e não
dão passagem as potências dos encontros e muitas das vezes parecem fazer
esquecer que temos corpo, ou simplesmente ignoram.
Welinton citou o trecho de Gallo (apud MOSSI,
2015, p. 1544) “aprender é sempre encontrar-se com o outro” e o outro não seria
necessariamente outra pessoa, e sim com qualquer objeto que nos tornamos
sensíveis. Nessa perspectiva, tudo emite um signo, e o aprender é sempre um
encontro com o signo, assim, encontramos uma nova pista da aprendizagem
inventiva, que é um trabalho que está sendo desenvolvido pelo professor e mediador
do grupo, Rubens e os iniciantes científicos.
Após isso, Rubens apontou, segundo Mossi (p.
1544) “aprende-se o tempo todo, aprende-se com o corpo inteiro”. Deste modo,
pensamos que, aprender é sempre construir outro corpo e sempre aprendemos de
corpo inteiro. Todavia, temos uma forte influência do pensamento de Rene
Descartes, que fragmenta coisas para se pensar, tomemos como exemplo as
disciplinas que temos nas instituições.
Mais à frente, entramos no tópico do corpo
fendido (conceito criado pelo autor) e para explicar esse conceito, o autor
expõem o exemplo do suicida. Neste exemplo, o que menos nos importa é a figura
do suicida, porém, ao abstrairmos essa ideia entendemos que, um suicídio seria
como ser atravessado por intensidades e vazar, por exemplo: ao ato de um
sujeito sair vestido com uma determinada roupa que não está habituado, podemos
entender com uma vazão de fendas. Para Mossi (2015) à Educação Maior, tenta
fechar o maior número possível.
Ao discorrer do encontro, entramos no tema de
corpo sem órgãos, que se conversa bastante com o filme proposto ao encontro.
Compreendemos que, um corpo sem órgãos é um corpo em constante movimento, que
em busca de se liberar das amarras impostas. No filme, “Na natureza selvagem” o
personagem principal, Chris McCandless, após
terminar a graduação em direito, abandona a vida que estava habituado e, vai
morar na natureza, em busca de um desprendimento.
Como de costume, fizemos uma reflexão de como
foi o semestre, os textos e vídeos discutidos, em geral o pessoal gostou
bastante de estudar essa perspectiva sobre a aprendizagem, e foi decidido
continuar por esse caminho. Desde modo, leremos para o próximo semestre o livro
do Sílvio Gallo, Deleuze e Educação, passaremos o semestre todo lendo-o, sendo
dividido ler até a metade nas férias e após isso será dividido por capitulo.
Foi decidido também que, algum membro mais
velho do grupo seguirá fazendo um resumo do texto, para que os iniciantes, caso
queiram, consigam ler um texto mais curto e didático e coordenará o encontro.
Abaixo está, algumas pistas da aprendizagem, extraída do encontro:
·
Aprender é sempre um
acoplamento maquinico;
·
Aprender é sempre um
encontro com o signo;
·
Aprender é sempre
construir outro corpo;
·
Aprende-se com o
corpo inteiro;
·
Aprendizagem é sempre
uma ordenada intensiva de
atravessamento e passagem;
·
Aprendizagem é sempre a produção de diferença;
·
Aprendizagem é produção de Copo Sem Órgãos
das fendas do corpo, escape, linhas de fuga. (micro/macro política).
Assim,
encerramos nosso encontro e mais um semestre, que foi bastante produtivo e desejamos
a todos um ótimo natal, fim de ano e boas festas. Até 2019!