sábado, 10 de dezembro de 2016

Apresentação de Qualificação da Monique - 10-12-2016

Hoje a Monique apresentou seu projeto de pesquisa, qualificando-se para executá-la no México em 2016.
Seu projeto trata da relação ensino-aprendizagem mediada pela Cibercultura nas novas gerações.








sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

5º Encontro de 26-11-2016 - Cibercultura e Educação

1- Boas Vindas ao Lucas (6º Diurno). Último encontro do ano, com comes e bebes. E comentamos sobre o que será discutido no próximo semestre.

2- Tema: Cibercultura

Leitura principal: LÉVY, P. Cibercultura e educação (capítulos XI, XII e XIII).
          Leituras de apoio: Artigos
 ZOBOLI, F.; IZIDORO, R. da S. Cibercultura e educação física: algumas considerações ontológicas. Motrivivência, Ano XXII, Nº 34, P. 106-121 Jun./2010
2 - NETO, E. S.; FRANCO, E. S. Os professores e os desafios pedagógicos diante das novas gerações: considerações sobre o presente e o futuro. Revista de Educação do Cogeime – Ano 19 – n. 36 – janeiro/junho 2010

Iniciamos, assistindo um seriado: Black Mirror, T2 E4 Natal, o qual relata o que estamos vivendo hoje e daqui uns segundos. Fala a respeito das lentes de contato, que é um celular dentro dos olhos, e sobre o cookie, que é uma máquina que faz cópias da pessoa, sendo uma pessoa na maquina e um na vida real, que você mesmo o controla. Após o vídeo, podemos associar com tudo o que vimos durante todo o semestre, que é a tecnologia na sociedade 25h por dia.
Na discussão, todos chegaram ao entendimento, que a cada instante somos uma pessoa, sendo assim, é necessário sempre estar se atualizando, tudo isso devido a acontecimentos e a própria vivência dessa Sociedade da Velocidade.
O mundo já embarcou mais a escola e os professores ainda não, como Glaucia disse, a educação é fechada, o que acaba limitando essa inteligência coletiva, mas o que precisa deixar claro que essa “navegação dos saberes”, não é substituir e sim uma interação junto com os meios, aonde a tecnologia veio para somar, não para substituir. E o Vinicius continua dizendo que, o professor vai continuar sendo professor, precisando se atualizar mais, querendo ou não (com a tecnologia), o aprender a ser “professor de verdade”, pois agora não para mais, o diluvio continua, e ele precisa mostrar o cominho a ser seguido para os seus alunos.
Alguns dispositivos informatizados de aprendizagem em grupo são especialmente concebidos para o compartilhamento de diversos bancos de dados e o uso de conferências e correio eletrônico (Lévy, 1999). Sendo a escola como uma aprendizagem cooperativa, ou seja, todos juntos compartilhando conhecimentos, e também o novo papel do professor, como aquele que atende a todos os conhecimentos e gera a reflexão e o olhar para todos os conhecimentos.
Ao se pensar no profissionalismo nós deparamos como Wellington disse, há árvores, com as suas competências, que na verdade você não precisar ter um diploma e sim vivência e “noção”. Assim como no vídeo a tecnologia te mostra tudo sobre a pessoa, sem precisar ao menos conhecê-la, ou ter tirado um dia para espiona-la, e sim em um simples digitar o nome nas redes sociais você já sabe tudo dela.
Hoje, vivemos na sociedade do controle, como Foucault diz que antes vivíamos a sociedade disciplinar, várias instituições que moldam como as pessoas devem ser, e agora, é sociedade do controle, ocorre dentro e fora da escola, de forma espontânea, você gosta do controle e gosta de ser controlado pelos outros, assim não se desliga e o tempo todo se encontra conectado.
Não podemos prever nada, pois tudo acontece de uma forma muito rápida, quando se diz sobre as plataformas de comunicação. Podemos ter como exemplo há dois anos, se usava o SMS e do nada surge o whatsapp, e vira algo inseparável do ser humano. Como Lucas disse, quando Lévy escreveu o livro, ainda estava começando as comunicações, e o que ele diz que não existia e que depois de muito tempo teria, foi mais rápido do que ele imaginou, e hoje já se tem e já esta se transformando cada vez mais rápido.
Rubens concluiu dizendo, por um olhar antropológico, olhar de estranhamento para o século XX, vemos como se estranha a própria cultura, isso é o que esta acontecendo agora, é o hoje, choca as pessoas, porque esta acontecendo agora, e é difícil de dizer, como no vídeo, as pessoas bloqueiam/excluem/removem no facebook, whatsapp. Mas na verdade isso também acontece no dia a dia/ na vida real, mas devido às pessoas estarem tão acostumadas, acabam nem percebendo.

sábado, 22 de outubro de 2016

4º ENCONTRO 2º SEMESTRE 2016 - CIBERCULTURA - PIERRE LEVY - CAP X - 15-10

1-Boas Vindas a Pamela (1° Período) e ao Barros (2° Período). O Moska comentou a respeito de uma ideia que teve, relacionado ao que estamos discutindo, a tecnologia, que seria com o foco no FACEBOOK. O projeto é acompanhar o diário de alguém que sai do facebook para fugir da polarização excessiva.

2-Tema: Cybercultura
Leitura principal: LÉVY, P. Cybercultura e educação.(Cáp. X)

A discussão teve início com a leitura do trecho “o ciberespaço suporta tecnologias intelectuais que amplificam, exteriorizam e modificam numerosas funções cognitivas humanas”. Rubens continuou dizendo, que a internet é potencializadora, não radical, a qual em uma conversa e/ou discussão um não houve o outro, e apenas cópia frases prontas, encontradas na internet.
Conforme esse sujeito que muda a sua forma de pensar e agir devido “anúncios resumidos” na internet, Glaucia diz, as pessoas se perdem nessa guerra e acaba perdendo o seu foco. E Moska continua, dizendo que cada grupo possui o seu foco, o problema é como, e deu um exemplo a respeito do que esta no auge no facebook, o caçar palhaços assassinos na rua, e conforme isso conclui que cada fato possui uma narrativa.
A tecnologia da inteligência, Lévy caracteriza como uma nova forma de pensamento sustentável através de conexões sociais que se tornam viáveis pela utilização das redes abertas de computação da internet. Sobre isso, Glaucia diz que, hoje todos podem acessar e todos estão compartilhando conhecimentos. Rubens continua, é um suporte, a soma dos conhecimentos, o acesso às informações.
Tudo isso, devido a esse grande dilúvio de informações, onde uma correnteza de novas ideias passa e logo em seguida, já estão milhares por vir em consequência, sendo cada vez uma mais rápidas que a outra, ocorrendo grandes mudanças. Como diz Rubens, um dilúvio de informações, o qual segue várias barcas de conhecimento, e é preciso saber nadar, se quiser passar entre as barcas. E Moska diz, a cibercultura é como uma possibilidade de ver as outras barcas, e essas barcas se altera nesse dilúvio, e vai de acordo com o histórico, como por exemplo, hoje circula bem mais barcas e com ideias bem diferentes de quando Lévy descreveu.
A partir de agora devemos preferir a imagem de espaços de conhecimentos emergentes, abertos, contínuos, em fluxo, não lineares, se reorganizando de acordo com os objetivos ou os contextos, nos quais cada um ocupa uma posição singular e evolutiva (Lévy, 1999).
Pensando no ensino e aprendizagem com essa tecnologia, Rubens diz que, o papel do professor é outro e fora o suporte dessas informações que chegam da internet, que vai além dos aspectos cognitivos, o libertarem os humanos de coisas que não conseguem dar conta, o estarem lá, “um ciclo psicológico”, que através das visões, o professor capacita os alunos.
Hoje, tornou-se evidente, tangível para todos que o conhecimento passou definitivamente para o lado do intotalizável, do indominável (Lévy, 1999). Rubens diz, que talvez a função da escola seja, saber lidar com cada barca, havendo o cuidado de si. A tal ponto que devemos substituir a imagem da grande arca pela de uma frota de pequenas arcas, barcas ou sampanas,... Se chocam ou se misturam sobre as grandes águas do dilúvio informacional (Lévy).
Rubens passou um vídeo “Escola do Futuro (conflito de gerações)”, o qual relata sobre essas novas gerações tecnológicas que já nascem na cibercultura, conectadas e tendo acesso a qualquer conhecimento e de forma rápida. A escola do século XIX, professores do século XX e alunos do século XXI, e esse confronto tende a ser mais brutal de acordo com as gerações que viram. E a escola do futuro é aquela que troca respeito, convivência e uma troca intelectual e afetiva (são muitas saídas).

O portador direto do saber não seria mais a comunidade física e sua memória carnal, mas o ciberespaço, a região dos mundos virtuais, por meio do qual as comunidades descobrem e constroem seus objetos e conhecem a si mesmas como coletivos inteligentes (Lévy, 1999).

 

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

3º ENCONTRO 2º SEMESTRE 2016 - CIBERCULTURA - PIERRE LEVY - 01-10

1-    Houve uma breve conversa sobre o que acharam do MAPA: divisão das salas por interesses, a intervenção do Moska e do João, às apresentações da pós sobre as palestras e minicursos.


2-Tema: Cybercultura
Leitura principal: LÉVY, P. Cybercultura e educação.
     
            A atualidade é “Uma era da velocidade”, através do desenvolvimento das tecnologias, a circulação de informações a todo instante e as gerações atuais estando conectados cada vez mais. Sobre isso Lévy (1999) afirma:

Em primeiro lugar, o crescimento do ciberespaço resulta de um movimento internacional de jovens ávidos para experimentar, coletivamente, formas de comunicação diferentes daquelas que as mídias clássicas nos propõem. Em segundo lugar, que estamos vivendo a abertura de um novo espaço de comunicação, e cabe apenas a nós explorar as potencialidades mais positivas deste espaço nos planos econômicos, político, cultural e econômico.

As arcas do segundo dilúvio dançam entre si. Trocam sinais. Fecundam-se mutuamente. Abrigam pequenas totalidades, mas sem nenhuma pretensão ao universal. Apenas o dilúvio é universal. Mas ele é intotalizável. É preciso imaginar um Noé modesto (LÉVY, pg. 15).
            Sobre o entendimento a respeito do segundo dilúvio Glaucia diz, que na época do primeiro dilúvio existia apenas uma arca, está que só Deus tinha o conhecimento e ele escolia quem receberia. Assim, entendimentos não podem mais nos apegar, e precisamos aprender a lidar com essas informações, e não se cria raízes fechadas em apenas um conhecimento. É necessário aprender a nadar, e ir se reinventando para conseguir transitar entre as barcas.
            A liberdade de escolha que a sociedade possui é imensa, podendo entrar, sair e assim ver a qual se encaixa melhor, sobre isso Vinicius diz, que hoje se participa de vários universos e se cria o seu próprio universo. Continua Rubens, se cria a partir de discursos, sendo possível praticar a liberdade e escapar dos discursos formando aquilo que tem mais potência para cada um.
            Conforme esse processo acelerado das informações, Rubens lê o trecho “A quantidade bruta de dados disponíveis se multiplica e se acelera. A densidade dos links entre as informações aumenta vertiginosamente nos bancos de dados, nos hipertextos e nas redes. Os contatos transversais entre os indivíduos proliferam de forma anárquica. É o transbordamento caótico das informações, a inundação de dados, as água tumultuosas e os turbilhões da comunicação, a cacofonia e o psitacismo ensurdecedor das mídias, a guerra das imagens, as propagandas e as contra-propagandas, a confusão dos espíritos.” E continua dizendo, a cacofonia como uma repetição de um som desagradável e o psitacismo como um efeito papagaio. Assim, pensando que muito já se procura a respeito de como sair dessa “alienação” que a tecnologia causa, temos como exemplo nos EUA já estão praticando o ficar sem mexer no celular dentro de casa e os Chineses por exemplo, estão vindo para o Brasil, para entender o como é trabalhar com a terra. Sendo possível observar que, as pressões por essa tecnologia é tanta, que já estão começando a fugir dela.
            A respeito disso Rubens trouxe um vídeo “omelete batman ou atriz pornô”, sendo um jogo através de um óculos, uma realidade virtual. Sobre isso, Moska diz, que haverá uma depressão pós-jogo, o ter que voltar para realidade e Rubens continua, que muitos irão querer jogar para sair/esquecer da realidade que vive, sendo assim o jogo promove uma outra vida.
            Com isso, Lévy diz que a tecnologia é uma técnica condicionada, ou seja, que abre algumas possibilidades, mas que nem todas serão aproveitadas. Isso, ele associa com o estribo, que na Idade Média modificou e prevaleceu, sendo fundamental para as cavalarias de uma forma mais segura. Relacionando com a tecnologia, a qual abre condições para cada um ver a qual lhe convém.
            Sobre essa tecnologia “inserta”, Monique lê o trecho “Novo pharmakon, a inteligência coletiva que favorece a cibercultura é ao mesmo tempo um veneno para aqueles que dela não participam (e ninguém pode participar completamente dela, de tão vasta e multiforme que é) e um remédio para aquelas que mergulham em seus turbilhões e conseguem controlar a própria deriva no meio de suas correntes”, sendo assim automaticamente a tecnologia será um veneno, pois o quão rápida é não conseguimos acompanha-la. Continua Anderson dizendo, que a tecnologia nos ultrapassa cada vez mais rápida.  E Glaucia diz, que antes os jovens diziam que as pessoas de idades era as mais sábias, já hoje dizem que são as mais desatualizadas.
            Na modernidade (a partir do séc. XVI), devido a fatores históricos, sociais, culturais, econômicos, políticos, a tecnologia sofre e propicia transformações profundas. E muito além de alterar padrões de comportamento, a tecnologia, a partir da modernidade, contribui para alterar a relação do ser humano com o mundo que o cerca, implicando no estabelecimento de uma outra cosmovisão, diferentemente daquela dos gregos ou dos medievais (MIRANDA, 2002, p.11).

            Rubens finaliza dizendo, que nesse segundo dilúvio há correntezas muito     fortes e nadar contra é difícil, mas ninguém consegue fugir, todos estão inseridos nesse processo.






sábado, 24 de setembro de 2016

"Novo" Ensino Médio

Abaixo um vídeo explicativo do professor Marcos Neira, professor titular da Faculdade de Educação da USP e especialista da Base Nacional Curricular Comum, sobre a Medida Provisória do Governo Temer acerca das alterações no Ensino Médio Nacional.


quarta-feira, 21 de setembro de 2016

2º ENCONTRO 2º SEMESTRE 2016 - CULTURA JOVEM - MARCOS NEIRA - 19/09

1Boas Vindas, aos novos integrantes do grupo: Carlos (2º período), Vinicius (5º período) e Diego (5º período). Foi feito o convite para: o MAPA (haverá na quarta pessoas defendendo TCC’s da pós-graduação e alguns relatos: Moska, Wellington e Clayton, conferir a programação no site: http://www.fefiso.edu.br/download/mapa/programacao_2016.pdf ); e para o Congresso Internacional da UNISO, que ocorrerá em Outubro, onde irão trazer nomes do país inteiro e o Massari, Kleber, João, Gisele vão apresentar trabalhos.

2- Tema: Cultura Jovem
Leitura principal - NEIRA, M. G. Ensino de Educação Física. São Paulo: Thomson Learning, 2007. Capítulo 5: Aprendendo sobre o outro: a cultura corporal juvenil.

A sociedade contemporânea traz muitas facilidades ao meio de comunicação e da informação, sendo considerado um grande ramo das transformações. Entende que num primeiro momento o dia solar foi substituído pelo dia químico, quando sua duração foi prolongada pela luz das velas; este prolongamento teve continuidade com o dia elétrico e agora com o dia eletrônico (VIRILIO, 1995, 65).
Os Jovens que nasceram nessa era da tecnologia trazem uma bagagem diferenciada das demais gerações, “Essa nova civilização traz consigo novos estilos de família; maneiras diferentes de trabalhar, amar e viver; uma nova economia; novos conflitos políticos; e acima de tudo uma consciência modificada” (TOFLLER, p.142).
A discussão teve inicio a partir do entendimento que o Carlos teve: o momento atual é uma cultura da diversidade, onde o sair da escola cada um é diferente dos demais, sendo que na escola tentam padronizar todos. E Ernani complementa que a bagagem dos alunos são valores diferenciados, sendo que a escola tenta seguir a linha de todos iguais.
Os adolescentes estão em uma fase da descoberta sobre tudo e também onde está se formando a sua identidade e a escola é uma formadora de identidades. Conforme isso, João lê uma parte que chamou a sua atenção, “o jovem vai se identificando com os traços pertencentes á identidade coletiva, respectiva aos variados grupos dos quais participa, como também encarna traços da identidade de estudante, quando está dentro da escola (NEIRA, p. 142)”.
Precisamos entender a tecnologia da velocidade que em um “piscar de olhos” muda conforme as gerações, assim havendo uma grande distinção, entre quem tenta entender e compreender os jovens das atuais gerações, e os jovens “aqueles que o vivem” (Hayles, 1990, pg. 281). Sobre essa grande evolução de inovações, Rubens relata que a tecnologia já está à tona, e que a geração youtuber já está pensando no que pode vir à frente, a próxima plataforma devido à diminuição dos rendimentos. E Clayton continua dizendo, que está havendo uma diminuição dos alunos nas aulas, devido preferirem ficar sentados mexendo no celular.
Conforme a discussão, Diego fez algumas perguntas: a internet como um meio de comunicação serviria para os adolescentes se encontrarem? Como tirar algo positivo desse assunto? E então Rubens responde dizendo: antes de pensar como, se pensa o porque, e só é incorporado com uma justificativa pedagógica.
Ao se pensar essa relação da cultura jovem no Brasil, a desigualdade é a maior dificuldade, como diz Rubens “em relação ao Brasil, o problema é o dinheiro publico que dispersa e muitas das atitudes pertencem à própria sociedade (ser humano)”. Nesse pensamento, Monique lê “No Brasil os meios de comunicação em massa têm impacto intenso e profundo. É comum o jovem pertencer a uma ou mais tribos“ (SETTON, 2002).
A tecnologia foi criada para facilitar a vida do ser humano, estando sempre presente em sua vida. E os jovens estão cada vez mais conectados e se descobrindo com tudo o que podem usufruir. Esses recursos tecnológicos estão intimamente ligados ao progresso da sociedade. E através disso, Rubens diz “que a partir da tecnologia você conhece varias outras culturas e isso reflete no seu corpo”.
Conforme a sociedade evolui e se transforma a cada segundo, é possível perceber que, o que se acabou de observar, daqui um tempo breve não fará mais parte da vivência das gerações presente e da futura. É possível detectar esse atraso em relação à atualidade nessa parte do texto de Fischer (1996):

Desde os anos 1990, constata-se um crescimento massivo do mercado para o público jovem. Pululam encartes e publicações direcionados a eles, tais como a Folhateen, da Folha de S.Paulo, e revistas como Carícia, da editora Azul, e Capricho, da editora Abril, ambas paulistanas, que multiplicam-se nas bancas. Na televisão, programas e novelas exaltam o ideal jovem, entre os quais destaca-se a série Malhação, que vai ao ar pela Rede Globo desde 1995.

Sugestão do dia:
- Moska, “usar o dicionário crítico da Educação Física, para que ele auxilie na leitura dos textos, pois muitas vezes você lê palavras desconhecidas e elas acabam passando despercebido”.
- Clayton, “fazer uma vaquinha para comprar livros, e daí todos podem ler”




2 Encontro do 2 Semestre de 2016 - 19 de setembro - Cultura Jovem

1Boas Vindas, aos novos integrantes do grupo: Carlos (2º período), Vinicius (5º período) e Diego (5º período). Foi feito o convite para: o MAPA (haverá na quarta pessoas defendendo TCC’s da pós-graduação e alguns relatos: Moska, Wellington e Clayton, conferir a programação no site: http://www.fefiso.edu.br/download/mapa/programacao_2016.pdf ); e para o Congresso Internacional da UNISO, que ocorrerá em Outubro, onde irão trazer nomes do país inteiro e o Massari, Kleber, João, Gisele vão apresentar trabalhos.

2- Tema: Cultura Jovem
Leitura principal - NEIRA, M. G. Ensino de Educação Física. São Paulo: Thomson Learning, 2007. Capítulo 5: Aprendendo sobre o outro: a cultura corporal juvenil.

A sociedade contemporânea traz muitas facilidades ao meio de comunicação e da informação, sendo considerado um grande ramo das transformações. Entende que num primeiro momento o dia solar foi substituído pelo dia químico, quando sua duração foi prolongada pela luz das velas; este prolongamento teve continuidade com o dia elétrico e agora com o dia eletrônico (VIRILIO, 1995, 65).
Os Jovens que nasceram nessa era da tecnologia trazem uma bagagem diferenciada das demais gerações, “Essa nova civilização traz consigo novos estilos de família; maneiras diferentes de trabalhar, amar e viver; uma nova economia; novos conflitos políticos; e acima de tudo uma consciência modificada” (TOFLLER, p.142).
A discussão teve inicio a partir do entendimento que o Carlos teve: o momento atual é uma cultura da diversidade, onde o sair da escola cada um é diferente dos demais, sendo que na escola tentam padronizar todos. E Ernani complementa que a bagagem dos alunos são valores diferenciados, sendo que a escola tenta seguir a linha de todos iguais.
Os adolescentes estão em uma fase da descoberta sobre tudo e também onde está se formando a sua identidade e a escola é uma formadora de identidades. Conforme isso, João lê uma parte que chamou a sua atenção, “o jovem vai se identificando com os traços pertencentes á identidade coletiva, respectiva aos variados grupos dos quais participa, como também encarna traços da identidade de estudante, quando está dentro da escola (NEIRA, p. 142)”.
Precisamos entender a tecnologia da velocidade que em um “piscar de olhos” muda conforme as gerações, assim havendo uma grande distinção, entre quem tenta entender e compreender os jovens das atuais gerações, e os jovens “aqueles que o vivem” (Hayles, 1990, pg. 281). Sobre essa grande evolução de inovações, Rubens relata que a tecnologia já está à tona, e que a geração youtuber já está pensando no que pode vir à frente, a próxima plataforma devido à diminuição dos rendimentos. E Clayton continua dizendo, que está havendo uma diminuição dos alunos nas aulas, devido preferirem ficar sentados mexendo no celular.
Conforme a discussão, Diego fez algumas perguntas: a internet como um meio de comunicação serviria para os adolescentes se encontrarem? Como tirar algo positivo desse assunto? E então Rubens responde dizendo: antes de pensar como, se pensa o porque, e só é incorporado com uma justificativa pedagógica.
Ao se pensar essa relação da cultura jovem no Brasil, a desigualdade é a maior dificuldade, como diz Rubens “em relação ao Brasil, o problema é o dinheiro publico que dispersa e muitas das atitudes pertencem à própria sociedade (ser humano)”. Nesse pensamento, Monique lê “No Brasil os meios de comunicação em massa têm impacto intenso e profundo. É comum o jovem pertencer a uma ou mais tribos“ (SETTON, 2002).
A tecnologia foi criada para facilitar a vida do ser humano, estando sempre presente em sua vida. E os jovens estão cada vez mais conectados e se descobrindo com tudo o que podem usufruir. Esses recursos tecnológicos estão intimamente ligados ao progresso da sociedade. E através disso, Rubens diz “que a partir da tecnologia você conhece varias outras culturas e isso reflete no seu corpo”.
Conforme a sociedade evolui e se transforma a cada segundo, é possível perceber que, o que se acabou de observar, daqui um tempo breve não fará mais parte da vivência das gerações presente e da futura. É possível detectar esse atraso em relação à atualidade nessa parte do texto de Fischer (1996):

Desde os anos 1990, constata-se um crescimento massivo do mercado para o público jovem. Pululam encartes e publicações direcionados a eles, tais como a Folhateen, da Folha de S.Paulo, e revistas como Carícia, da editora Azul, e Capricho, da editora Abril, ambas paulistanas, que multiplicam-se nas bancas. Na televisão, programas e novelas exaltam o ideal jovem, entre os quais destaca-se a série Malhação, que vai ao ar pela Rede Globo desde 1995.

Sugestão do dia:
- Moska, “usar o dicionário crítico da Educação Física, para que ele auxilie na leitura dos textos, pois muitas vezes você lê palavras desconhecidas e elas acabam passando despercebido”.
- Clayton, “fazer uma vaquinha para comprar livros, e daí todos podem ler”




quinta-feira, 25 de agosto de 2016

1º ENCONTRO 2º SEMESTRE 2016 - ALIENÍGENAS EM SALA DE AULA - GREEN E BIGUM


1 –  Com grande satisfação, recebemos mais quatro nov@s integrantes para o grupo! Após as boas vindas, foram apresentados os meios de comunicação do grupo: Facebook, E-mail, Blog e Whatsapp.
A colega Monique foi apresentada como a próxima bolsista do programa de iniciação científica. Sendo assim, a partir desta ata, será ela a responsável pela redação das próximas!
Ao falarmos sobre esse tema, Rubens justificou a escolha dos novos conteúdos abordados. Baseado no trabalho de iniciação científica da Monique, no projeto de mestrado do integrante João Pedro e na sugestão de pesquisa do professor Marcos Neira, acreditou-se que o estudo da cibercultura seria, além de fundamental, bastante conveniente. Além disso, o tema perspassa o interesse de todos do grupo.
Foi mudada também a lógica das leituras, ou seja, se antes tínhamos textos “contínuos”, agora estaremos debatendo obras desvinculadas umas das outras, devido a indisponibilidade de todos participarem de todos os encontros. Como forma de não prejudicar ninguém, optou-se por esta mudança nesse semestre.
Todos foram convidados (convocados) a inscrever trabalho para apresentação no mapa, mesmo aqueles que estão nos primeiros semestres. É uma grande oportunidade para ganhar experiência com apresentações! O companheiro Moska propôs a releitura do vídeo do “The wall” da banda Pink Floyd, como forma de apresentação em linguagem diferente. Trabalharemos nisso.

2Tema: Alienígenas em sala de aula
Leitura principal: GREEN, B.; BIGUM, C. Alienígenas em sala de aula. In: SILVA, T. T. Alienígenas em sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação. Petrópolis: Vozes, 2008.
Iniciamos as discussões conversando sobre os autores. Professores australianos que, ao longo do capitulo, citam vários autores conterrâneos que desconhecemos. Achamos que a tecnologia a qual Green e Bigum (2008) se referem já está um pouco desatualizada, fazendo com que, de certa forma, atualize-se a obra dos professores, pois as tecnologias já se renovaram e progrediram (LÉVY, 1999). Ao mostrar-se óbvio para nós, o texto revela o quanto a discussão levantada pelos professores há alguns anos atrás foi significativa.
O colega Moska relatou que achou muito interessante o fato dos autores perguntarem quem seriam os alienígenas: os professores ou os alunos? Segundo ele, não podemos chamar os jovens de alienígenas, nós sim que estamos desatualizados, e não acompanhamos a mudança que ocorre todos os dias em relação ao ciberespaço. Rubens contrapõe essa ideia ao dizer que a metáfora dos alienígenas trabalha com a ideia de “seres vindo de outro lugar (espaço) para a terra”, o que seria mais ou menos a relação dos “adolescentes vindos de outro lugar (ciberespaço) para a escola”.
Ao chegarem nas escolas, o confronto geracional, visto a partir dos Estudos Culturais (ESCOSTESGUY, 1998), é inevitável: nas relações, no pensamento, na linguagem, no currículo e etc. Ao utilizarem a ideia do cyborg, os autores mostram a questão da hibridização tecnológica com nosso corpo biológico (SANTAELLA, 2007), reforçando a ideia de que métodos e currículos tonam-se obsoletos a cada dia, assim como uma renovação do pensamento pedagógico moderno atarraxado no ambiente escolar. Nessa linha, o companheiro Wellington também reclamou que é necessário voltar o pensamento para a questão cibercultural e relatou sobre como chama a atenção dos alunos uma aula voltada para mídias e tecnologias da informação (T.I) diferentes da lousa.
Logo, ao ter a possibilidade de enfrentar a cultura escolar, é natural que a instituição perca o seu potencial de “formadora identitária” através da subjetivação de cada aluno enfileirado, em silêncio, com medo dos professores e à espera de uma matéria qualquer que fosse depositada em sua mente. Com o advento da pós modernidade, as bases modernas de subjetivação identitária como a escola, a família e a igreja, perdem totalmente a sua força, desfazem-se em líquido onde o que se encontra são indivíduos à procura da própria felicidade, sem qualquer compromisso com as ambições comunitárias; indivíduos que tem a liberdade de “subjetivar a si próprio” por qualquer discurso de qualquer lugar do mundo; indivíduos que não só aprenderam a utilizar novas T.I’s, mas que tem seu pensamento constituido a partir disto.
A (nova) companheira Jainy faz uma intervenção muito interessante ao dizer que vê um grande lado negativo nisso tudo, pois perdem-se os valores familiares, ou conteúdos importantes para a formação dos jovens. A partir disso, Moska faz o seu contraponto, ao dizer que a questão do certo ou errado em relação ao que se é ensinado, é apenas uma questão de criação discursiva, uma vontade de verdade que não precisa ser necessariamente seguida por ser “melhor” (FOUCAULT, 1996). Rubens faz então a mediação do debate ao dizer o quanto a arena cultural, exposta pelos Estudos Culturais, mostra-se presente naquela discussão.
Dentro dessa fala, é importante pensar em vertentes boas e vertentes ruins em relação a cibercultura e o ciberespaço: um lado bom, é que os jovens, não mais subjetivados apenas pelas três instituições citadas, tem muito mais acesso à informação e uma possibilidade muito maior de problematização em relação a qualquer assunto, tento então, a liberdade (no sentido foucaultiano) de ser subjetivado pelo discurso que achar mais conveniente. Por outro lado, com um número muito grande de informações e possibilidades ao mesmo tempo, a chance disso tudo ser aceito e analisado de uma forma não crítica, formando “analfabetos funcionais virtuais”, é muito grande. Aliás, bastante visível hoje. Como citou o professor Leandro Karnal: “o lado bom da internet é que todos podem expressar a sua opinião, e o lado ruim da internet é que todos podem expressar a sua opinião”[1].
Rubens comenta sobre como achou interessante a ideia do “alien-ação”. De forma rápida, esse conceito faz ligação com a proposta dos aliens e com a proposta de ideologia alienante[2]. Estar num processo de “alien-ação” é ser subjetivado ideologicamente pelas novas T.I’s sem saber quem controla e a quem interessa determinado tipo de informação – casando bastante com a ideia de analfabeto funcional do Moska.
Caminhando para o fim, discutimos sobre duas citações em que os autores referem-se especificamenta as escolas:

“É compreensível, como Hayles (1990) sugere, que sintamos uma certa ambivalência em relação a essas transformações, porque elas nos obrigam a confrontar a diferença e a ideia de que escolarizar o futuro significa necessariamente ensinar para e com a diferença” (GREEN; BIGUM, 2008, pág. 226).

Com essa citação podemos voltar a ideia sobre comos jovens nascem e constituem sua forma de pensar, significar e simbolizar a partir do pensamento cyborg. Logo, é necessária a adaptação de um “currículo cyborg”: um currículo que pense, signifique e simbolize de forma diferente.
“Até o presente momento, o apagamento de fronteiras e a inclinação à reconfiguração espacial demonstrados pelas novas tecnologias de informação e comunicação sugerem que as escolas e outras instituições sociais tais como bibliotecas públicas, deverão ser, no mínimo, significativamente reconstruídas (BIGUM, 1991). Num cenário mais radical, à medida que a casa, o carro e os próprios indivídus são cada vez mais tratados como consumidores de produtos high tech, as escolas tenderão a participar cada vez menos da ecologia digital externa, tornando-se, afinal, realmente extintas” (GREEN; BIGUM, 2008, pág. 226).”

Conquistamos mudanças tão rápidas e constantes que as escolas não conseguirão, na visão dos autores, se reinventar a ponto de  acompanhar o ritmo do “novo mundo”, formado além delas. Ao levar em consideração a extinção da escola e, consequentemente, da Educação Física escolar, Rubens coloca que acha improvável o fim do movimento: ele apenas será ressignificado. João coloca um contraponto ao argumentar não só sobre a ressignificação do próprio movimento, mas a ressignificação da necessidade do movimento para um futuro próximo, acreditando que o movimento pode vir a não apresentar tanta necessidade. Logo em seguida, Moska responde que o “não movimento” já é uma ressignifcação do próprio movimento. Rubens retomando a fala, entende que não acabou e não acabará pois o movimento já não é tão necessário, porém as pessoas procuram se movimentar por suas próprias razões e não só por necessidade. Lembrou que é importante trabalharmos com virtualidades ao invés de possibilidades, caso contrário, tornamo-nos apostadores demais. Jorge levanta um questionamento para Rubens: e a Educação Física na escola então? Como resposta final, Rubens argumenta que, na visão dele, a Educação Física escolar já vem sofrendo com a lógica da sociedade de mercado. Somos resguardados apenas pela LDB/96 que assegura o ensino da Educação Física na escola. Se não nos justificarmos por outros motivos (no nosso caso, sob a ótica das ciências humanas) corremos o risco de sermos extintos.
Como de costume,  foi-nos deixada a “reflexão da semana”:
“Não se abalem caso leiam um texto e não entendam nada daquilo que está escrito, pois o legal é chegar e ver que ninguém entendeu nada também! ” (MOSKA, 2016).

Referências
ESCOSTESGUY, Ana Carolina. Introdução aos Estudos Culturais. Revista Famecos, Porto Alegre, RS, v.1, nº 9, dez. 1998.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. 3. ed. São Paulo: Loyola, 1996.
LEVY, Pierri. Cibercultura. São Paulo, Editora 34, 1999.
SANTELLA, L. Pós-humano – por quê? Revista USP, São Paulo, n.74, p. 126-137, junho/agosto 2007.



[1] https://www.youtube.com/watch?v=JmMDX42jOoE
[2] Analisada através da ideia marxista de “ideologia”, proposta pelo companheiro Jorge.




domingo, 31 de julho de 2016

CALENDÁRIO GEPEF 2 SEMESTRE 2016


20/08 – GREEN, B.; BIGUM, C. Alienígenas em sala de aula. In: SILVA, T. T. Alienígenas em sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação. Petrópolis: Vozes, 2008.

17/09 – NEIRA, M. G. Ensino de Educação Física. São Paulo: Thomson Learning, 2007. Capítulo 5: Aprendendo sobre o outro: a cultura corporal juvenil.

01/10 – LÉVY, P. Cybercultura e educação. Trecho da obra a ser lido disponível no Google acadêmico.

15/10 – LÉVY, P. O universo sem totalidade, essência da cibercultura. Trecho de palestra disponível em: http://www.sescsp.org.br/sesc/images/upload/conferencias/36.rtf

12/11 – ZOBOLI, F.; IZIDORO, R. da S. Cibercultura e educação física: algumas considerações ontológicas. Motrivivência, Ano XXII, Nº 34, P. 106-121 Jun./2010.


26/11 – NETO, E. S.; FRANCO, E. S. Os professores e os desafios pedagógicos diante das novas gerações: considerações sobre o presente e o futuro. Revista de Educação do Cogeime – Ano 19 – n. 36 – janeiro/junho 2010.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Participação no VI SEMEF FEUSP 2016 - 14 e 15 de julho de 2016

Entre os dias 14 e 15 de julho de 2016 o GEPEF participou no VI Seminário de Educação Física Escolar da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. O evento é organizado pelo Grupo de Pesquisas em Educação Física Escolar, coordenado pelos professores Marcos Neira e Mario Nunes, do qual somos parceiros e amigos.








segunda-feira, 27 de junho de 2016

2016 – Sexto Encontro GEPEF – 25 de junho - Encerramento 1º Semestre 2016

1 – Na data de hoje, iniciamos o encontro de forma diferente: ao invés de primeiramente debatermos sobre o texto proposto para o grupo, começamos pela defesa de iniciação científica do membro João Pedro, em respeito aos convidados que estiveram conosco. Demos início a defesa às 9:30, no entanto, passando um pouco do horário programado, terminamos por volta de 11:50, impossibilitando assim, o cumprimento integral do cronograma. Como proposta para a ata de hoje, foi combinado um resumo sobre o texto que seria discutido. Portanto, os escritos desse encontro baseiam-se em uma análise unilateral, e não em uma construção em conjunto, como estamos habituados.

2Tema: currículo saudável
Leitura principal: FERREIRA, M. S. Aptidão Física e saúde na educação física escolar: ampliando o enfoque. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v.22, n.2, p.41-54, janeiro 2001.
Leitura complementar: NEIRA, M. G.; NUNES, M. L. F. Educação Física, Currículo e Cultura. São Paulo: Phorte, 2009 (Teorização curricular e Educação Física, páginas 79-89).
Objetivo: compreender os fundamentos básicos desta visão curricular. Avaliação do semestre e planejamento do 2º sem. 2016.

Logo no início do seu artigo, Ferreira (2001) faz algumas observações e expõe alguns conceitos que servem como base para a argumentação de suas ideias em relação a defesa da saúde como conteúdo da escola. Inicia-se a argumentação do texto com uma proposta que chama bastante a atenção: “Hoje o senso comum aceita e propaga a ideia de que o exercício físico faz bem à saúde. (pag. 42) ”. Essa propagação nas aulas de Educação Física é considerada pelo autor um avanço em relação as propostas de “não aula” que tanto circundam o nosso meio. Porém, essa concepção está assumindo um caráter essencialmente biológico, sem se preocupar com fatores de fundamental importância para a adesão de uma vida e hábitos saudáveis, como os socioeconômicos (FERREIRA, idem). Num primeiro momento, fui surpreendido com uma ideia diferente do que tenho (senso comum, talvez) e entendo sobre o currículo saudável.
O autor segue com a exposição de diversas bibliografias a fim de justificar que o exercício físico, enquanto bem orientado por um profissional, pode contribuir em relação a diversos aspectos, combatendo muitas doenças, prevenindo de outras e etc. Desta forma, propõe-se que o exercício físico deva ser aplicado como um conteúdo da Educação Física, porém, não somente como uma série de atividades que os alunos repetem do professor, mas que possibilite a tomada de decisão do educando em relação a solução de problemas, o que autor chama de “autonomia”, baseado na “escada da aptidão física para toda a vida” de Corbin, Fox e Whithead, de 1987, que passa pela “exercitação” e vai subindo os degraus sentido a “solução de problemas”.
Para que os alunos desenvolvam essa autonomia em relação ao próprio modo de fazer exercício físico, o autor, num exemplo relacionado ao atletismo e um dos seus conteúdos, defende que: “Seria necessário ampliar as formas de se entender a corrida (...) (pag. 45) ”. Novamente, fui surpreendido pela ideia de ampliação, onde o professor possivelmente poderá relacionar fatores nutritivos, fisiológicos, anatômicos, biomecânicos, socioculturais e econômicos ao ato da corrida, ao local onde ela será realizada, a vestimenta adequada e etc.
Contudo, no decorrer do artigo, é feita uma afirmação que me gerou uma posterior dúvida. Segundo o próprio Ferreira (idem, pag. 46): “O fato é que vivemos numa sociedade dividida em classes sociais, na qual nem todas as pessoas têm condições econômicas para adotar um estilo de vida ativa e saudável.”. Se o conteúdo a ser trabalhado dos professores adeptos da corrente da Aptidão Física Relacionada a Saúde (AFRS) é justamente o “engajamento” (pag. 48) dos indivíduos num estilo de vida ativo, saudável e autônomo, o que fará um profissional na escola mais humilde de alguma cidade? Para quem está voltada essa proposta curricular?
Logo após, caminhando para o final do texto, apresenta-se uma justificativa para a minha questão. É dito que a apresentação desse conteúdo para os indivíduos, assim como os determinantes políticos do porquê não estarem acessando determinado estilo de vida, poderia causar nesses estudantes um anseio de tencionar uma “luta por mudanças sociais” (pág. 48) assim como “uma sociedade mais justa e igualitária” (pág. 51), ou então uma “luta pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial” (pág., 48). Ao meu ver, Ferreira (idem) baseia-se em justificativas que vão um pouco além do proposto pelo currículo saudável, tentando diminuir uma distância quilométrica entre uma “ampliação” (pág. 45) e o engajamento desses jovens em militâncias políticas que lutarão em favor de seus direitos como cidadãos, para, enfim, adquirem um estilo de vida onde possam praticar atividade física.
Por fim, não poderia deixar de reconhecer que esse texto contribuiu muito para a criação de uma nova perspectiva minha em relação ao currículo saudável, com suas sugestões de autonomia e ampliação. Ao professor adepto da AFRS, é necessário um conhecimento bastante amplo sobre a área biológica, tanto quanto um conhecimento das estruturas sociais e políticas do nosso país (e de outros) para sanar as eventuais dúvidas que surgirem das ampliações. Reforça-se novamente a ideia de que o problema não está no conteúdo, mas sim, na maneira como ele é abordado.
Infelizmente, neste último texto não tivemos a reflexão da semana, pois o companheiro Moska não pôde estar presente. No entanto, espero que voltemos ainda mais fortes para o segundo semestre de 2016, com várias novas reflexões semanais! A todos, meus sinceros agradecimentos por esse semestre tão produtivo!

Boas férias!

Apresentação PIBIC João Pedro 1º Semestre 2016

BANCA DE AVALIAÇÃO DA INICIAÇÃO DE JOÃO PEDRO

Abaixo a fala dos presentes na apresentação do João. Destacado por ordem de fala. Os destaques mais potentes estão iluminados. Entre parênteses e com letras minúsculas minhas falas (Rubens) como orientador, após a fala do João.

MASSARI

COMO LIDAR COM ALUNOS NA MODERNIDADE LÍQUIDA?
UNIDIMENSIONALIDADE DO ESPORTE COMO FERRAMENTA DO STATUS QUO, MESMO QUE OS SUJEITOS NÃO SE DÊEM CONTA DE SEREM FERRAMENTAS
GENERALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA COMO RUIM, PRINCIPALMENTE AS INSTITUIÇÕES PARTICULARES
PORQUE NÃO POSSO MISTURAR? MEU DISCURSO DEVE SER LÍQUIDO?
INTERFERÊNCIA DAS RESPOSTAS DEVIDO CONHECER OS ENTREVISTADOS, TALVEZ UMA ENTREVISTA SEM CONHECER OS PROFESSORES
A TRAJETÓRIA DO PROFESSOR JÁ DÁ UMA INDICAÇÃO DA RESPOSTA
SUGESTÃO: UMA ENTREVISTA COM PROFESSORES QUE DÃO AULA HÁ MAIS DE 20 ANOS
HÁ 50 ANOS, AS RESPOSTAS SERIAM DIFERENTES OU AS MESMAS?

RESPOSTA DO JOÃO

A MODERNIDADE LÍQUIDA É ALGO BOM OU RUIM? CONSEQUENCIAS DA LÍQUIDEZ, NÃO PODEMOS ESCOLHER, ELA ESTÁ DADA
O FRANKENSTEIN É ALGO RUIM? TALVEZ POSSA SER CRIADO UMA IDENTIDADE NOVA
FRANKENSTEIN TRANSFORMADO EM ANJO

CLAYTON

ENFOQUE MAIOR NA QUESTÃO DOS BENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS DA MODERNIDADE LÍQUIDA
SE POSICIONAR NÃO É ARROGANCIA
NA CONCLUSÃO A ENFASE NO LAVAR AS MÃOS, FAZER PESQUISA EXIGE POSICIONAMENTO (Entendo o João, passei por um processo semelhante)
CARÁTER DE INEDITISMO, CONTINUAR COM BAUMAN

RESPOSTA DO JOÃO

BUSCAR ASSUMIR POSIÇÃO DE NEUTRALIDADE, DEVO MELHORAR (e parar de elogiar)
TENTEI NÃO COLOCAR A MINHA IDEIA COMO A MELHOR

IRIS

PORQUE ANJO? POR OLHOS AZUIS E LOIRO? NÃO, TEMOS O FRANKENSTEIN, E COM ELES TEMOS QUE LIDAR
A DIVERSIDADE APARECE E É COMBATIDA, O FRANKENSTEIN DEVE SER ACEITO

EDUARDO BORGES

A SUPERFICIALIDADE NÃO SE ENCONTRA APENAS NAS ESCOLAS/LICENCIATURA, ESTÁ IGUALMENTE NAS ACADEMIAS/BACHAREL.
A MODERNIDADE LÍQUIDA ACOMETE A TODOS

HEMERSON PATRIARCA

COMO A NEUTRALIDADE NÃO EXISTE, SE POSICIONAR SEM MEDO, PORQUE A CRÍTICA VIRÁ DE QUALQUER FORMA
O ACADEMICISMO RIGOROSO IMPEDE COISAS QUE NA PRÁTICA SÃO HIBRIDIZADAS
É DIFERENTE SER ECLÉTICO DE UTILIZAR PLURALIDADE DE IDEIAS
MUITAS VEZES O PROFESSOR NÃO DÁ CONTA DE SE APROFUNDAR DEVIDO A CARGA DE TRABALHO
BAUMAN DE FATO AFIRMA QUE A GLOBALIZAÇÃO É IRREVERSÍVEL? CUIDADO COM O DETERMINISMO
A LIBERDADE TRAZIDA PELA MODERNIDADE LÍQUIDA É DE QUE FORMA? NÃO SERIA SUPERFICIAL?
A GLOBALIZAÇÃO ANIQUILA IDENTIDADES? (Stuart Hall diz que o resultado da globalização é o hibridismo)
RELACIONAR O NOVO MODO DE PRODUÇÃO DAS FÁBRICAS, O TOYOTISMO, COM O NOVO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO E DA EDUCAÇÃO FÍSICA

RESPOSTA DO JOÃO

MESMO QUE NÃO IRREVERSÍVEL, NÃO VOLTAREMOS A UMA SOLIDEZ ANTERIOR
NÃO SOMOS TOTALMENTE LIVRES, ESTAMOS DE ALGUMA FORMA PRESOS EM IDEOLOGIAS (prefiro as práticas de liberdade no sentido foucaultiano, onde escolho até certo ponto os discursos que me subjetivam)

WELLINGTON

ME AJUDOU A PENSAR SE NÃO ESTOU SENDO RASO, E A PERCEBER MINHA SOLIDEZ/LIQUEFAÇÃO

RUBENS

DEFESA DO JOÃO, FALHEI EM ALGUNS ASPECTOS
A IDEIA DE COMPROVAR NÃO CASA MUITO BEM COM A PROPOSTA TEÓRICA
DESNECESSÁRIO CITAR O NOME DOS PROFESSORES
“COMÚM” NA APRESENTAÇÃO
O QUE NOS INCOMODA NÃO É O HIBRIDISMO, NEM DESCONHECEMOS O CONTEXTO QUE DIFICULTA O APROFUNDAMENTO, MAS MESMO ASSIM NOS POSICIONAMOS CONTRA A MISTURA RASA, SUPERFICIAL, A IDEIA QUE DE QUE TUDO É VÁLIDO, SEM A PREOCUPAÇÃO COM OS EFEITOS




segunda-feira, 13 de junho de 2016

2016 – Quinto Encontro GEPEF – 11 Junho

1 – Com grande satisfação, recebemos mais duas novas integrantes para o grupo! Rubens explicou um pouco de nossa trajetória até aqui, sobre os debates, sobre os textos já lidos, sobre o que pretendemos ler para o próximo semestre e sobre a visão de currículo do grupo, não só como uma carta de apresentação, mas sim, como propõe Tomaz Tadeu:

“O currículo é lugar, espaço, território. O currículo é relação de poder. O currículo é trajetória, viagem, percurso. O currículo é autobiografia, nossa vida, curriculum vitae: no currículo se forja a nossa identidade. O currículo é texto, discurso, documento. (SILVA, 2010, pag. 150) ”.

Foi reforçado o convite a todos os integrantes que ainda não participam das reuniões na USP. O grupo é aberto, as sextas feiras, de 15 em 15 dias. Aqueles que tiverem disponibilidade e interesse podem agregar com a “turma de Sorocaba”. Não é necessário nenhum pré-requisito.
Foram expostas as plataformas do grupo: Facebook, WhatsApp, Blog e Grupo de E-mail, onde são compartilhados trabalhos, produções do grupo, dúvidas, eventos, críticas e atualizações sobres as discussões de cada dia. Por falar em eventos, também foi comentado que estamos responsáveis pelo GTT da área de educação no M.A.P.A, assim como a possibilidade de convidar Jocimar Daolio para uma das mesas de discussão. Todos concordamos que seria uma grande contribuição.
Foram todos convidados para o congresso internacional sobre educação que ocorrerá na UNISO nos dias 24 a 26 de outubro. Gostaríamos que todos do grupo estivessem presentes para podermos ter uma participação em peso. A inscrição custará R$ 170,00 reais.
Também foi conversado sobre a possibilidade de ingresso em mestrado nas universidades: UNISO, USP e UNICAMP. Foi destacado, mais uma vez, aos novos e os já membros há algum tempo, que todos, sem exceção, têm a total capacidade de ingressar um mestrado em qualquer uma dessas universidades, principalmente na USP, onde temos uma aproximação maior com o grupo de pesquisa de lá (GPEFE – FEUSP). No entanto, como é exigido o exame de inglês, é necessário que todos os interessados tenham um nível um pouco mais avançado: para tanto, conversamos sobre o curso de inglês que a FEFISO oferece por R$ 60 por mês. Acreditamos que seja viável a todos.
Por fim, planejamos o próximo encontro em quatro partes distintas:
b)     Defesa de Iniciação Científica do membro João Pedro – 20 minutos de apresentação e 40 para discussões, debates e críticas.
c)      Confraternização
d)     Avaliação do semestre atual planejamento do próximo.

211/06 - Tema: Abordagem crítico-superadora (Currículo Cultural)

Leitura principal: SOARES, C. L.; CASTELLANI FILHO, L. C.; BRACHT, V.; ESCOBAR, M. O; VARJAL, E.; TAFFAREL, C. N. Z. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. Capítulo 1 – A Educação Física no Currículo Escolar: Desenvolvimento da Aptidão Física ou Reflexão sobre a cultura corporal.

Leitura complementar: SOUZA JUNIOR, M. et al. Coletivo de autores: a cultura corporal em questão. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Florianópolis, v. 33, n.2, p. 391-411, abr./jun. 2011.

Objetivo: compreender os fundamentos básicos desta visão curricular, atentando para seus legados.

Iniciamos os debates com Rubens perguntando para Bruna e para Monique o que tinham achado dos textos e qual era a (primeira, talvez) impressão sobre o assunto: Bruna disse ter gostado mais do artigo, enquanto Monique disse ter preferido o livro. No entanto, as duas concordam em um ponto: sobre a importância que o Coletivo de Autores dá para a significação das atividades - chamada de “Historicização do Movimento”. É muito importante que elas tenham ressaltado esse ponto, porque é justamente dele que ocorre a gênese para os debates mais atuais. É fundamental que essa questão tenha se tornado a mais importante, pois é justamente disso que o livro trata.
O Coletivo de Autores, de forma bastante enfática e, claro, passível a todo tipo de crítica, nos mostra que o movimento está repleto de significados e imerso em simbologias capitalistas, a qual aflora uma ideologia de exclusão e de busca pelos melhores resultados. Consequentemente, torna os “derrotados”, se assim podemos dizer, acostumados com a derrota e já cientes da “função social” que irão cumprir. Essas funções, de forma “circular”, tornarão a evidenciarem-se em outras atividades que envolvam o movimento, a tomada de decisões e etc. Logo, o Coletivo faz disso seu objeto de estudo: a cultura corporal.
A cultura corporal do Coletivo de Autores é estudada através de uma visão específica: a materialista histórica dialética. Bruna questionou o porquê da denominação “dialética”:
a)               Materialismo: em oposição a ideia platônica de uma essência não mundana, de uma existência perfeita de seres e objetos que não residem nesse plano, o materialismo defende a preocupação com o material, com aquilo que se faz presente e visível no nosso mundo. Uma das frases de Marx, talvez exponha de forma bastante clara seu pensamento: “Até agora os filósofos se preocuparam em interpretar o mundo de várias formas. O que importa é transformá-lo. ”
b)               Histórico/Dialético: entendendo que a compreensão do mundo e da história devem dar-se através da análise hegeliana de realidade resumida em “tese, antítese e síntese” (por exemplo: ponto de vista; contraponto; novo ponto).
Essa cultura corporal foi bastante criticada por alguns autores, como, por exemplo, Eleonor Kunz, que foi lido no encontro passado. Esses autores entendem que, em primeiro lugar, qualquer cultura é corporal, ela não flutua fora do corpo, sendo totalmente dependente dele para o seu surgimento e criação simbólica. Em segundo lugar, criticam a dicotomização entre corpo e mente: por que apenas corporal? A simbologia cultural não é assimilada pela mente? Podemos ter uma cultura cognitiva e uma corporal? Essas, dentre outras que não foram exploradas a fundo pelo grupo, são críticas feitas ao Coletivo.
Dentro da cultura corporal, sob a visão materialista histórica dialética, os autores entendem que o conhecimento se dá de forma espiralada, propondo um aumento do grau de dificuldade das atividades propostas pelos professores. Foi assim, debatido sobre o nosso entendimento de conhecimento, pautado no entendimento rizomático de (não só) Gilles Deleuze, contrário as teorias retilíneas, sejam elas arbóreas ou espiraladas.
Sabemos que esse livro é/foi de grande contribuição para a Educação Física brasileira como um todo. Não objetivamos criticar de forma a rebaixar a obra, mas sim, expondo os avanços que ocorreram na área em relação há mais de 20 anos atrás, ressaltando as conquistas que os debates pós críticos trouxeram para o nosso campo, principalmente em relação as diferenças presentes, que vão além das diferenças classistas, ou da concepção de que todos os males do mundo giram em torno dos problemas classistas, ampliando-se para a discussão racial, étnica, de gênero, intolerância, preconceito, construção e desconstrução de verdades absolutas, entendimentos do senso comum, etc. O Coletivo de Autores nos proporcionou, a ampliação da visão, a reflexão necessária para o entendimento fundamental: seja para o esporte, para o jogo, para a dança ou qualquer outro conteúdo, o âmbito da reflexão está na significação do mesmo, e não na essência do conteúdo. O problema não está no futebol, mas o que trabalhamos através do futebol. Por que separar bom ou ruim, bem e mal, quando podemos nos perguntar: quais discursos tornaram algo bom ou ruim? Quais discursos definiram o bem e o mal sobre algo?
Para finalizar, o companheiro Moska, mais uma vez, nos deixa (como denominada por ele) a “reflexão da semana”: num mundo globalizado, qual currículo se preocupa em trabalhar as diferenças?

REFERÊNCIA:

SILVA, Tomaz Tadeu. Documentos de Identidade: Uma introdução as teorias do currículo. 3 ed. 1 reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.

SOARES, C. L.; CASTELLANI FILHO, L. C.; BRACHT, V.; ESCOBAR, M. O; VARJAL, E.; TAFFAREL, C. N. Z. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.


SOUZA JUNIOR, M. et al. Coletivo de autores: a cultura corporal em questão. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Florianópolis, v. 33, n.2, p. 391-411, abr./jun. 2011.