quarta-feira, 30 de maio de 2018

12/05/2018 - O segundo sexo – Simone de Beauvoir, vol. I e II.

(Ata escrita em conjunto – Monique e João Pedro)

Nosso encontro esporádico, como anunciado anteriormente, ocorreu neste Sábado e estivemos reunidos na casa da companheira Nádia que gentilmente nos cedeu o espaço e o tempo para uma rápida confraternização ao final da discussão (reiteramos aqui nossos agradecimentos). Com um debate bastante descontraído, concretizamos nosso penúltimo encontro do semestre com um texto-resumo dos dois volumes do livro “O segundo sexo” de Simone de Beauvoir, escrito em 1949.
Devido à forma como estruturou-se o encontro e a conversa, mais próximo à uma roda de discussão do que um debate acadêmico, formataremos a ata em tópicos dos rumos adquiridos e, por fim, sem a intenção de formular respostas, tomaremos novamente algumas questões que pairaram a roda e, acreditamos, nos acompanharam até o final.

O segundo sexo – Simone de Beauvoir, vol. I e II.
Resenha de  Celeste Chaves Barra; Denise Raissa Lobato Chaves; Raissa Cruz dos Santos.

·         Debora ficou à vontade para falar e para iniciar o grupo.
·         Explicou um pouco do livro, o contexto. O livro 1 fala dos mitos (científicos) e o livro 2 do social.
·         Falou um pouco sobre as críticas voltadas ao livro.
·         Indicaram filmes, séries e livros: “Eu não sou um homem fácil”; “Tomates verdes fritos”; “Cara gente branca”; “This is america”; “As sufragistas”; “O dia que eu me descobri negra”;
·         Diferentes relatos das(os) participantes do grupo, versando sobre vários e diferentes aspectos da história de cada um(a). A maior parte do tempo do grupo foi dedicada a esses momentos e pudemos presenciar o posicionamento de ambos, homens e mulheres, sobre o assunto tornando a discussão muito produtiva.
·         A criação de uma visão que entre tantas chaves de pensamentos, não dite como deve ser e sim a expansão quanto à liberdade, afinal não tem como controlar o que é pensado por cada um; não subjetivar o que deveria ser e sim que cada um é um e pode escolher por aquilo que entender melhor e assim desejar.
·         A grande dificuldade de entender o que vem a ser o Feminismo, está em não reproduzir o que é falado e escutado, porque existem vários espaços que visualizam e interpretam de formas bem distintas. Como citado e apoiado por todos devido a uma facilidade na compreensão, está que quando se adquire o conhecimento sobre o feminismo, terá as suas asas prontas para voar, mas essas asas durante o caminho/percurso na sociedade podem ser cortadas ou guardadas, sendo assim simplesmente aceitar o que é praticado, passando por medos diariamente ao pensar nas infinitas possibilidades. Por ser taxada como um corpo feminino passa a se deparar com as inúmeras ações e situações. 
·         A opressão militante, está no reconhecimento do todo, pois quando defendemos e aclaramos o Feminismo, discursos que são taxados esta devido ao não entendimento e conhecimento sobre o assunto. Pode-se exemplificar, quando nos deparamos com a autora Simone de Beauvoir a qual era casada, mas de forma abusiva e isso a torna feminista, por conhecer a si mesmo e o todo.
·         Quanto ao corpo, como um campo linguístico que não tem essência e qualquer um pode falar, mas que primordialmente não sente e não está na mesma pele, pois é necessário viver e passar pela situação para sim compreender.
·         Chamou-se a atenção para a importância da militância em relação ao tema, mas a importância da voz que a pesquisa traz – e, “num mundo ideal”, essas duas potencialidades trabalhando em conjunto.

Questões que permanecem

·         Como se dá a interlocução do feminismo pelo homem? Quais questões podem ser colocadas?
·         Como pensar essa relação da representação? Existe o espaço que deve ser ocupado e não transpassado por algum ou alguém? Até onde o homem pode falar sobre o feminismo? Existem espaços transponíveis ou intransponíveis?
·         O feminismo não busca criar um outro polo feminista oposto ao machista, mas luta por igualdade. Existem espaços possíveis de apoio ou deve haver, de fato, uma divisão?
Como eu lido com as opressões sem criar outras opressões; e como chegar aos outros polos que a militância ou o mundo acadêmico não chega?