No encontro do dia 13 de Abril, iniciamos com
a listagem dos eventos que estão por vir: Congresso: CONBRACE (Natal); Anped
(RJ); Curso Educação Física Cultural (FEFISO); Do cais ao caos (Campinas);
SBECE (Rio Grande do Sul).
Demos
continuidade com o tema do dia “Desejo” (é sempre revolucionário, não se
espera), uma leitura de mundo em que tudo é máquina que se conecta para a
produção do real (ex: psicólogo- uma busca de traumas, sem ver os outros pontos
de interferências que estão em você), o estar preso dentro de uma estrutura
disciplinar. Entendendo desejo sendo o que compõe nos encontros e produz o
aumento de potencia (alto ou baixo - momentos), agenciados por máquinas
sociais. Havendo o desejo esquizo (eu não quero controle, como está o desejo
nas pessoas, produz aumento de potência) e o desejo reacionário (quer mais
controle da máquina social-organização). Você nasce e não tem como sair. Já o
prazer é o querer.
Que se dão por fluxos
(máquina despótica para desejante): monetário / fluxo de dinheiro - capitalismo
(gera um grande mercado- ex: morre o mercado de cds, morre o de filmes, ... mas
produz desejos novos, spotify, netflix, games, moda,...), o que mais produz
é a subjetividade capitalista,
onde para se divertir precisa de dinheiro, sem saber produzir potência
(ir na casa do amigo para conversar, brincar na rua,... que resulta no aumento
de potência) e Vitor relaciona esse processo com essa subjetividade criada por
meio do poder que estamos inseridos. Como também quando relacionado a fluidez
das relações/composição para a produção de potência, sempre tentamos elevar a
potência, mas entende o processo de decomposição (atento aos encontros e busca
novas coisas, em um processos sem fim). Deleuze diz que na esquizo é desejo de
menos, agenciamento, acontecimentos, ...TRANSVERSAL.
Como sequência abordamos
o texto “Processo de subjetivação segundo a esquizoanálise”, e a necessidade de
falar sobre as linhas de desejo (moral e valores): dura (necessidade para uma
organização social - ex: pagar o boleto, passar o ponto no trabalho, escola...)
, maleáveis (ex: atitudes e ações do professor que permite aumento de potência
sem ser disciplinar o tempo todo), de fuga (ex: matar aula... - linha que
escapa do limiar do capitalismo, não são territorializadas), linha suicidária
(não se encaixa na sociedade e não sabe buscar a potência, só sabem a fase
terminal - ex: fascismo, ...). As coisas não são, elas dependem do olhar.
Entendendo que Foucault busca pelos prazeres, já Deleuze, o prazer mata o
desejo.
A
esquizoanálise é o propor encontros, experimentações, para quem se sente
espremido pela máquina social, mas "Seja prudente nas
experimentações". E com a cartografia sendo a execução de uma pessoas que
traça linhas para compor um órgão, capaz cartografar as nossas linhas, de mim,
das aulas, das pesquisas, … Sem haver categorização e sim a MISTURA ENTRE SI
QUE NÃO PARAM DE INTERFERIR UMA SOBRE AS OUTRAS, RIGIDEZ E VICE E VERSA, COM
EFEITOS DE AUMENTO OU DIMINUIÇÃO DA POTÊNCIA. Mas há riscos, a decomposição ou
a sobrecarga.
Comentamos
também sobre “CORPO SEM ÓRGÃOS”, o não que está subjugado pela máquina
capitalista, o corpo como é, já que o corpo capturado é o categórico, existe
como obra da sustentação do ramo social. Nenhum órgão meu está a serviço da
máquina, aprender a produzir para mim um corpo sem órgãos - a Esquizoanálise
trabalha quais são as linhas de fugas que irão compor corpos sem órgãos
(aumento de potência precisa de um platô - mas a maneira que olhamos para a
ação, é singular de cada um, operando de diferentes maneiras). E o devir, com o
processo de ser diferente, quando está aberto para outras oportunidades que não
seja da subjetividade; vem se você prever, sem controlar, que acorda de uma
forma diferente.
Entendo
que esse processo vem de uma canibalização de conceitos filosóficos para a
compreensão e ações para o agora, lembrando que as sementes estão lá em
Nietzsche; que toda composição é uma decomposição; e que VIVEMOS EM TORNO DOS
PRAZERES (subjetividade capitalista - desejo reacionário, para satisfazer os
meus prazeres, por ter uma vida vazia sem desejos).