sábado, 22 de outubro de 2016

4º ENCONTRO 2º SEMESTRE 2016 - CIBERCULTURA - PIERRE LEVY - CAP X - 15-10

1-Boas Vindas a Pamela (1° Período) e ao Barros (2° Período). O Moska comentou a respeito de uma ideia que teve, relacionado ao que estamos discutindo, a tecnologia, que seria com o foco no FACEBOOK. O projeto é acompanhar o diário de alguém que sai do facebook para fugir da polarização excessiva.

2-Tema: Cybercultura
Leitura principal: LÉVY, P. Cybercultura e educação.(Cáp. X)

A discussão teve início com a leitura do trecho “o ciberespaço suporta tecnologias intelectuais que amplificam, exteriorizam e modificam numerosas funções cognitivas humanas”. Rubens continuou dizendo, que a internet é potencializadora, não radical, a qual em uma conversa e/ou discussão um não houve o outro, e apenas cópia frases prontas, encontradas na internet.
Conforme esse sujeito que muda a sua forma de pensar e agir devido “anúncios resumidos” na internet, Glaucia diz, as pessoas se perdem nessa guerra e acaba perdendo o seu foco. E Moska continua, dizendo que cada grupo possui o seu foco, o problema é como, e deu um exemplo a respeito do que esta no auge no facebook, o caçar palhaços assassinos na rua, e conforme isso conclui que cada fato possui uma narrativa.
A tecnologia da inteligência, Lévy caracteriza como uma nova forma de pensamento sustentável através de conexões sociais que se tornam viáveis pela utilização das redes abertas de computação da internet. Sobre isso, Glaucia diz que, hoje todos podem acessar e todos estão compartilhando conhecimentos. Rubens continua, é um suporte, a soma dos conhecimentos, o acesso às informações.
Tudo isso, devido a esse grande dilúvio de informações, onde uma correnteza de novas ideias passa e logo em seguida, já estão milhares por vir em consequência, sendo cada vez uma mais rápidas que a outra, ocorrendo grandes mudanças. Como diz Rubens, um dilúvio de informações, o qual segue várias barcas de conhecimento, e é preciso saber nadar, se quiser passar entre as barcas. E Moska diz, a cibercultura é como uma possibilidade de ver as outras barcas, e essas barcas se altera nesse dilúvio, e vai de acordo com o histórico, como por exemplo, hoje circula bem mais barcas e com ideias bem diferentes de quando Lévy descreveu.
A partir de agora devemos preferir a imagem de espaços de conhecimentos emergentes, abertos, contínuos, em fluxo, não lineares, se reorganizando de acordo com os objetivos ou os contextos, nos quais cada um ocupa uma posição singular e evolutiva (Lévy, 1999).
Pensando no ensino e aprendizagem com essa tecnologia, Rubens diz que, o papel do professor é outro e fora o suporte dessas informações que chegam da internet, que vai além dos aspectos cognitivos, o libertarem os humanos de coisas que não conseguem dar conta, o estarem lá, “um ciclo psicológico”, que através das visões, o professor capacita os alunos.
Hoje, tornou-se evidente, tangível para todos que o conhecimento passou definitivamente para o lado do intotalizável, do indominável (Lévy, 1999). Rubens diz, que talvez a função da escola seja, saber lidar com cada barca, havendo o cuidado de si. A tal ponto que devemos substituir a imagem da grande arca pela de uma frota de pequenas arcas, barcas ou sampanas,... Se chocam ou se misturam sobre as grandes águas do dilúvio informacional (Lévy).
Rubens passou um vídeo “Escola do Futuro (conflito de gerações)”, o qual relata sobre essas novas gerações tecnológicas que já nascem na cibercultura, conectadas e tendo acesso a qualquer conhecimento e de forma rápida. A escola do século XIX, professores do século XX e alunos do século XXI, e esse confronto tende a ser mais brutal de acordo com as gerações que viram. E a escola do futuro é aquela que troca respeito, convivência e uma troca intelectual e afetiva (são muitas saídas).

O portador direto do saber não seria mais a comunidade física e sua memória carnal, mas o ciberespaço, a região dos mundos virtuais, por meio do qual as comunidades descobrem e constroem seus objetos e conhecem a si mesmas como coletivos inteligentes (Lévy, 1999).

 

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

3º ENCONTRO 2º SEMESTRE 2016 - CIBERCULTURA - PIERRE LEVY - 01-10

1-    Houve uma breve conversa sobre o que acharam do MAPA: divisão das salas por interesses, a intervenção do Moska e do João, às apresentações da pós sobre as palestras e minicursos.


2-Tema: Cybercultura
Leitura principal: LÉVY, P. Cybercultura e educação.
     
            A atualidade é “Uma era da velocidade”, através do desenvolvimento das tecnologias, a circulação de informações a todo instante e as gerações atuais estando conectados cada vez mais. Sobre isso Lévy (1999) afirma:

Em primeiro lugar, o crescimento do ciberespaço resulta de um movimento internacional de jovens ávidos para experimentar, coletivamente, formas de comunicação diferentes daquelas que as mídias clássicas nos propõem. Em segundo lugar, que estamos vivendo a abertura de um novo espaço de comunicação, e cabe apenas a nós explorar as potencialidades mais positivas deste espaço nos planos econômicos, político, cultural e econômico.

As arcas do segundo dilúvio dançam entre si. Trocam sinais. Fecundam-se mutuamente. Abrigam pequenas totalidades, mas sem nenhuma pretensão ao universal. Apenas o dilúvio é universal. Mas ele é intotalizável. É preciso imaginar um Noé modesto (LÉVY, pg. 15).
            Sobre o entendimento a respeito do segundo dilúvio Glaucia diz, que na época do primeiro dilúvio existia apenas uma arca, está que só Deus tinha o conhecimento e ele escolia quem receberia. Assim, entendimentos não podem mais nos apegar, e precisamos aprender a lidar com essas informações, e não se cria raízes fechadas em apenas um conhecimento. É necessário aprender a nadar, e ir se reinventando para conseguir transitar entre as barcas.
            A liberdade de escolha que a sociedade possui é imensa, podendo entrar, sair e assim ver a qual se encaixa melhor, sobre isso Vinicius diz, que hoje se participa de vários universos e se cria o seu próprio universo. Continua Rubens, se cria a partir de discursos, sendo possível praticar a liberdade e escapar dos discursos formando aquilo que tem mais potência para cada um.
            Conforme esse processo acelerado das informações, Rubens lê o trecho “A quantidade bruta de dados disponíveis se multiplica e se acelera. A densidade dos links entre as informações aumenta vertiginosamente nos bancos de dados, nos hipertextos e nas redes. Os contatos transversais entre os indivíduos proliferam de forma anárquica. É o transbordamento caótico das informações, a inundação de dados, as água tumultuosas e os turbilhões da comunicação, a cacofonia e o psitacismo ensurdecedor das mídias, a guerra das imagens, as propagandas e as contra-propagandas, a confusão dos espíritos.” E continua dizendo, a cacofonia como uma repetição de um som desagradável e o psitacismo como um efeito papagaio. Assim, pensando que muito já se procura a respeito de como sair dessa “alienação” que a tecnologia causa, temos como exemplo nos EUA já estão praticando o ficar sem mexer no celular dentro de casa e os Chineses por exemplo, estão vindo para o Brasil, para entender o como é trabalhar com a terra. Sendo possível observar que, as pressões por essa tecnologia é tanta, que já estão começando a fugir dela.
            A respeito disso Rubens trouxe um vídeo “omelete batman ou atriz pornô”, sendo um jogo através de um óculos, uma realidade virtual. Sobre isso, Moska diz, que haverá uma depressão pós-jogo, o ter que voltar para realidade e Rubens continua, que muitos irão querer jogar para sair/esquecer da realidade que vive, sendo assim o jogo promove uma outra vida.
            Com isso, Lévy diz que a tecnologia é uma técnica condicionada, ou seja, que abre algumas possibilidades, mas que nem todas serão aproveitadas. Isso, ele associa com o estribo, que na Idade Média modificou e prevaleceu, sendo fundamental para as cavalarias de uma forma mais segura. Relacionando com a tecnologia, a qual abre condições para cada um ver a qual lhe convém.
            Sobre essa tecnologia “inserta”, Monique lê o trecho “Novo pharmakon, a inteligência coletiva que favorece a cibercultura é ao mesmo tempo um veneno para aqueles que dela não participam (e ninguém pode participar completamente dela, de tão vasta e multiforme que é) e um remédio para aquelas que mergulham em seus turbilhões e conseguem controlar a própria deriva no meio de suas correntes”, sendo assim automaticamente a tecnologia será um veneno, pois o quão rápida é não conseguimos acompanha-la. Continua Anderson dizendo, que a tecnologia nos ultrapassa cada vez mais rápida.  E Glaucia diz, que antes os jovens diziam que as pessoas de idades era as mais sábias, já hoje dizem que são as mais desatualizadas.
            Na modernidade (a partir do séc. XVI), devido a fatores históricos, sociais, culturais, econômicos, políticos, a tecnologia sofre e propicia transformações profundas. E muito além de alterar padrões de comportamento, a tecnologia, a partir da modernidade, contribui para alterar a relação do ser humano com o mundo que o cerca, implicando no estabelecimento de uma outra cosmovisão, diferentemente daquela dos gregos ou dos medievais (MIRANDA, 2002, p.11).

            Rubens finaliza dizendo, que nesse segundo dilúvio há correntezas muito     fortes e nadar contra é difícil, mas ninguém consegue fugir, todos estão inseridos nesse processo.