1 - A reunião foi aberta com as boas vindas aos novos
integrantes do grupo: Amanda, Anderson, João Paulo e Adriana.
2 - Foram comunicadas as publicações dos integrantes durante o
período de férias, assim como os eventos que são considerados de grande importância
a participação do GEPEF:
- SEMEF
organizado pela faculdade de educação da USP.
- EPIC – Uniso (Primeiro semestre)
- CHELEF – Unicamp (Inscrições logo chegarão ao fim)
- EPIC – Uniso (Primeiro semestre)
- CHELEF – Unicamp (Inscrições logo chegarão ao fim)
Eventos fora de SP:
- Colóquio Rio de Janeiro
- ENDIPE – Cuiabá (R$ 300 reais a inscrição)
- CONBRACE – Estará fazendo sua edição em São Paulo esse ano (R$ 200 reais a inscrição)
- Colóquio Rio de Janeiro
- ENDIPE – Cuiabá (R$ 300 reais a inscrição)
- CONBRACE – Estará fazendo sua edição em São Paulo esse ano (R$ 200 reais a inscrição)
*Lembrando que o João Paulo possui parentes
espalhados por todo o país e nos ofereceu “sua” casa para dormirmos, se
necessário.
3 – Fomos
avisados que seremos responsáveis pela organização do GTT Escola do MAPA, não
só com submissão de trabalhos, mas com a organização do cronograma de quem será
convidado para palestras, cursos, debates e etc.
4 – Sugestão do Massari: Publicar todos os
trabalhos científicos do GEPEF no novo site da FEFISO. Isso inclui, claro, os
trabalhos dos integrantes do grupo. Aqueles que tiverem interesse, favor enviar
para Rubens.
5 – Foram
discutidas as ideias para o trabalho em conjunto que será realizado pelo grupo
no decorrer do ano de 2016 (para aqueles que não estavam presente no dia em que
a ideia surgiu, favor ler “nota de rodapé” do tópico 5*). Foram expostas a
proposta “guarda – chuva” (como sugeriu Rubens) e os eixos a serem estudados.
Os eixos são articuláveis, podendo-se usar os três, ou um, ou novos eixos:
Tema principal: O viés
cultural da Educação Física no Brasil – condições sócio – históricas e
comparação com outros contextos.
Eixos:
Eixo 1 – Influências européias e situação atual. (Ou seja, em quem os europeus se basearam para criarem seus currículos)
Eixo 1 – Influências européias e situação atual. (Ou seja, em quem os europeus se basearam para criarem seus currículos)
Eixo 2 – Educação
Física na America latina: origens e comparações
Eixo 3 – Educação
Física no Brasil: comparações entre regiões e o contexto na cidade de Sorocaba.
Aquele que sentir vontade de participar da
pesquisa em conjunto, deve enviar até 10 páginas para o Rubens até maio de 2016.
A ideia surgiu de uma discussão sobre as influências da Educação Física
brasileira. Clayton levantou a questão de o porquê a Educação Física brasileira
ser tão influenciada pelas ciências humanas (marxismo foi mais apontado), sendo
que em outros países que já foram “de fato comunistas” (ou socialistas) não tem
esse pensamento aplicado a sua Educação Física. Disso surgiu a ideia de
pesquisar a Educação Física de outros países e esse fenômeno no Brasil. Algumas
ideias já começaram a serem lidas, e debatidas.
6 – Leitura do Encontro:
Tendências/Abordagens/Currículos da Educação Física Escolar.
Leitura
principal:
BRACHT, V. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física. Cadernos
CEDES, ano XIX, n.48, ago.1999.
Leitura
complementar: DARIDO, S. C. Educação Física na Escola: Questões e
reflexões. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2003. Capítulo 1 – O contexto da Educação Física Escolar.
Objetivo: diferenciar a
visão epistemológica de Bracht da visão catalográfica de Darido.
Para começar algumas frases de Bracht foram separadas por Rubens, para
ajudar-nos em nossas reflexões:
·
Tanto as teorias da construção do
conhecimento como as teorias da aprendizagem, com raras exceções, são
desencarnadas;
·
Educar o comportamento corporal é
educar o comportamento humano;
·
No entanto, a educação do
comportamento corporal, porque humano, acontece também em outras instâncias e em
outras disciplinas escolares;
·
O tratamento do corpo na EF sofre
influências externas da cultura de maneira geral, mas também internas, ou seja,
da própria instituição escolar;
·
Paulatinamente no século XX saímos de
um controle do corpo via racionalização, repressão, com enfoque biológico, para
um controle via estimulação, enaltecimento do prazer corporal, com enfoque
psicológico;
·
E hoje assistimos a uma proliferação
de categorias de trabalhadores sociais”. Entre estes, seguramente podemos
situar os professores de EF;
·
O esporte passa a substituir, com
vantagens, a ginástica como técnica corporal que corporifica/condensa os
princípios que precisam ser incorporados.
Em primeiro
lugar, é importante entender o que significa a visão epistemológica e a visão
catalográfica. A ideia de visão catalográfica da Darido vem do fato de ela ter
feito algo como uma “ficha” das abordagens que considerava serem válidas. Em sua
dissertação, Darido catalogou as abordagens de forma separada e resumida, quase
que como um manual para aqueles que buscam ver as diferenciações de maneira “mais
simples”. Assim como é feito o cadastro de clientes, com “nome, RG e CPF”,
Darido em seu livro apontou o “nome, autor e objetivo” de cada abordagem. Uma
das críticas feitas pelo grupo, foi de que Darido catalogou abordagens que não propriamente
são propostas de Educação Física Escolar.
A visão epistemológica
de Bracht se ocupa da raíz dos conhecimentos que balizam as diferentes
visões da EF Escolar. “A epistemologia é o ramo da filosofia que estuda a
origem, a estrutura, os métodos e a validade do conhecimento (daí também se
designar por filosofia do conhecimento)”[1]. Bracht ao falar sobre os
currículos da Educação Física, visa a base filosófica daquele conhecimento,
entre os que se aproximam e os que divergem. Por exemplo, Bracht engloba na
vertente cultural currículos como o Crítico – Emancipatório e Crítico –
Superador (hoje podemos acrescentar o Pós Crítico), por terem a mesma raíz
do conhecimento, que seriam as ciências sociais. Aproxima também o
Desenvolvimentista, Psicomotor e Construtivista, devido as raízes nas ciências
biológicas. É notável também, que Bracht citou apenas os currículos da Educação
Física e não várias abordagens como fez Darido, citando até os PCN’s, tidos
(como o próprio nome já diz) como parâmetros. Entendemos que o conceito de
abordagem é mais raso e superficial se comparado ao conceito de currículo.
Caminhando para
o final do nosso encontro, foram então discutidas as ideias de Bracht sobre o
corpo. Concordamos com Bracht, que o grande paradigma a ser quebrado é a
divisão entre corpo e mente e que os dois trabalham separados. Fomos muito
influenciados pela filosofia Cartesiana[2] de estudos fragmentados. A
escola, não só em sua grade, ficou responsável por essa separação, onde a sala
de aula fica responsável pela mente e a Educação Física pelo corpo. Foi dito
que com o advento da Pós Modernidade[3] essas teorias estão sendo
questionadas, assim como os objetivos da Educação Física, antes apenas voltados
para a doutrinação dos corpos dos indivíduos. As abordagens antigas e os
currículos novos voltados apenas para o desenvolvimento motor não estão
surgindo mais efeito, por não se justificarem socialmente. Uma escolinha de
futebol pode capacitar muito mais futuros esportistas, assim como parques de
diversão também são responsáveis pelo desenvolvimento motor. Nos baseamos em
qual discurso? Do
professor ensinar o modo certo de se movimentar? Se sim, talvez voltemos aos
debates modernos sobre totalitarismos e relações de poder, ou quem sabe até de
utilidade em tempos de discussões Pós Humanistas[4].
Bracht ao final do seu artigo, sugere que talvez a Educação Física cultural
(com aplicabilidade prática “definida” ou não) esteja tentando alçar voos cada
vez maiores. Em qualquer que seja o caso ou o objetivo, algumas das questões
que surgiram e que acreditamos ser de grande importância para aqueles que
pretendem seguir por esse viés é: Por que temos Educação Física na escola? Estamos
em um momento de transição ou tempos totalmente novos[5]?
[1] http://www.citi.pt/educacao_final/trab_final_inteligencia_artificial/epistemologia.html
[2] René
Descartes, Filósofo Frânces (1596 – 1650) considerado o pai da filosofia
moderna, criou o método cartesiano de conhecimento que consistia em dividir em
quantas partes fosse possível algum objeto de estudo, afim de conhecer a
verdade por trás do que estava sendo estudado. http://baixar-download.jegueajato.com/Rene%20Descartes/Discurso%20do%20Metodo%20(923)/Discurso%20do%20Metodo%20-%20Rene%20Descartes.pdf
[3] “Pós-modernidade, segundo o professor, pode ser descrita como
o momento em que (tomando Lyotard como
influência) todas as grandes narrativas entram em crise.” https://colunastortas.wordpress.com/2014/05/15/o-que-e-pos-modernidade-resumo-de-uma-falencia-da-modernidade/
[4] “Mães de aluguel, nanotecnologias, inteligência artificial,
recusa a ter filhos, fabricação de quimeras, busca da imortalidade... Seria o
fim do corpo humano?” http://www.ihu.unisinos.br/noticias/42458-pos-humanidade-o-homem-acabou
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