domingo, 29 de novembro de 2015

21/11/2015 - Educação Física e Sociedade - Mauro Betti (1991)

Neste encontro lemos o livro citado no título, com foco especial no capítulo 2 e 3. Isso se deu pelo fato do primeiro capítulo ser dedicado à explicação da sociologia sistêmica, enquanto que o foco do grupo neste é a história da Educação Física. Abaixo alguns aspectos comentados na reunião:

O primeiro pilar da EF: movimentos nacionalistas ginásticos

Ao longo da história do homem, formas de atividade física -considerada esta de forma ampla - e mesmo de Educação Física, surgiram em todos os momentos, em maior ou menor grau, com maior ou menor institucionalização. Entrementes, desconsiderando-se a Antiguidade Grega, foinas últimas décadas do século XVIII, e em especial durante o século XIX, que a Educação Física experimentou um decisivo impulso no sentido de sua sistematização e institucionalização como uma forma de educação no mundo ocidental. O epicentro deste desenvolvimento foi a Europa, onde ocorreram, no continente, os sistemas ginásticos, e na Inglaterra o movimento esportivo, e daí espalhou-se por todo o mundo. 
Este processo deu-se num momento histórico de grandes mudanças políticas, econômicas e sociais, e com elas relaciona-se,sofrendo também a influência do novo pensamento pedagógico do século XVIII, com o advento dos chamados educadores naturalistas e filantrópicos.

O segundo pilar: o movimento esportivo inglês

A Educação Física adentrou o século XX com modelos forjados durante o século passado e experimentou notável expansão e penetração social, especialmente o esporte enquanto instituição social autônoma, que carreou para si enorme importância política e econômica. O fenômeno esportivo tem levado pedagogos, sociólogos e filósofos nas últimas três décadas a denunciarem o caráter mistificador do esporte e a questionarem a sua real utilidade para a sociedade, o seu valor educativo e sua integração na Educação Física sem qualquer tipo de reflexão pedagógica.

Os períodos da EF no Brasil

1850-1930: apesar de prevista na lei imperial, somente foi praticada no colégio Dom Pedro II no Rio de Janeiro.

1930-1945: uma confluência de interesses inicia o processo de ginásticas nas escolas brasileiras

1945-1969: a EF como suporte ideológico estatal tendo como bastião o esporte.

1970-1986: a busca pela redemocratização e a crise de identidade na área. A crítica ao modelo piramidal de compreensão do esporte e lazer (em oposição ao modelo de subsistemas)

O autor vê dois campos em tensão na EF Escolar: os teóricos estruturais/funcionalistas/positivistas x os materialistas/históricos/dialéticos.






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