sexta-feira, 7 de outubro de 2016

3º ENCONTRO 2º SEMESTRE 2016 - CIBERCULTURA - PIERRE LEVY - 01-10

1-    Houve uma breve conversa sobre o que acharam do MAPA: divisão das salas por interesses, a intervenção do Moska e do João, às apresentações da pós sobre as palestras e minicursos.


2-Tema: Cybercultura
Leitura principal: LÉVY, P. Cybercultura e educação.
     
            A atualidade é “Uma era da velocidade”, através do desenvolvimento das tecnologias, a circulação de informações a todo instante e as gerações atuais estando conectados cada vez mais. Sobre isso Lévy (1999) afirma:

Em primeiro lugar, o crescimento do ciberespaço resulta de um movimento internacional de jovens ávidos para experimentar, coletivamente, formas de comunicação diferentes daquelas que as mídias clássicas nos propõem. Em segundo lugar, que estamos vivendo a abertura de um novo espaço de comunicação, e cabe apenas a nós explorar as potencialidades mais positivas deste espaço nos planos econômicos, político, cultural e econômico.

As arcas do segundo dilúvio dançam entre si. Trocam sinais. Fecundam-se mutuamente. Abrigam pequenas totalidades, mas sem nenhuma pretensão ao universal. Apenas o dilúvio é universal. Mas ele é intotalizável. É preciso imaginar um Noé modesto (LÉVY, pg. 15).
            Sobre o entendimento a respeito do segundo dilúvio Glaucia diz, que na época do primeiro dilúvio existia apenas uma arca, está que só Deus tinha o conhecimento e ele escolia quem receberia. Assim, entendimentos não podem mais nos apegar, e precisamos aprender a lidar com essas informações, e não se cria raízes fechadas em apenas um conhecimento. É necessário aprender a nadar, e ir se reinventando para conseguir transitar entre as barcas.
            A liberdade de escolha que a sociedade possui é imensa, podendo entrar, sair e assim ver a qual se encaixa melhor, sobre isso Vinicius diz, que hoje se participa de vários universos e se cria o seu próprio universo. Continua Rubens, se cria a partir de discursos, sendo possível praticar a liberdade e escapar dos discursos formando aquilo que tem mais potência para cada um.
            Conforme esse processo acelerado das informações, Rubens lê o trecho “A quantidade bruta de dados disponíveis se multiplica e se acelera. A densidade dos links entre as informações aumenta vertiginosamente nos bancos de dados, nos hipertextos e nas redes. Os contatos transversais entre os indivíduos proliferam de forma anárquica. É o transbordamento caótico das informações, a inundação de dados, as água tumultuosas e os turbilhões da comunicação, a cacofonia e o psitacismo ensurdecedor das mídias, a guerra das imagens, as propagandas e as contra-propagandas, a confusão dos espíritos.” E continua dizendo, a cacofonia como uma repetição de um som desagradável e o psitacismo como um efeito papagaio. Assim, pensando que muito já se procura a respeito de como sair dessa “alienação” que a tecnologia causa, temos como exemplo nos EUA já estão praticando o ficar sem mexer no celular dentro de casa e os Chineses por exemplo, estão vindo para o Brasil, para entender o como é trabalhar com a terra. Sendo possível observar que, as pressões por essa tecnologia é tanta, que já estão começando a fugir dela.
            A respeito disso Rubens trouxe um vídeo “omelete batman ou atriz pornô”, sendo um jogo através de um óculos, uma realidade virtual. Sobre isso, Moska diz, que haverá uma depressão pós-jogo, o ter que voltar para realidade e Rubens continua, que muitos irão querer jogar para sair/esquecer da realidade que vive, sendo assim o jogo promove uma outra vida.
            Com isso, Lévy diz que a tecnologia é uma técnica condicionada, ou seja, que abre algumas possibilidades, mas que nem todas serão aproveitadas. Isso, ele associa com o estribo, que na Idade Média modificou e prevaleceu, sendo fundamental para as cavalarias de uma forma mais segura. Relacionando com a tecnologia, a qual abre condições para cada um ver a qual lhe convém.
            Sobre essa tecnologia “inserta”, Monique lê o trecho “Novo pharmakon, a inteligência coletiva que favorece a cibercultura é ao mesmo tempo um veneno para aqueles que dela não participam (e ninguém pode participar completamente dela, de tão vasta e multiforme que é) e um remédio para aquelas que mergulham em seus turbilhões e conseguem controlar a própria deriva no meio de suas correntes”, sendo assim automaticamente a tecnologia será um veneno, pois o quão rápida é não conseguimos acompanha-la. Continua Anderson dizendo, que a tecnologia nos ultrapassa cada vez mais rápida.  E Glaucia diz, que antes os jovens diziam que as pessoas de idades era as mais sábias, já hoje dizem que são as mais desatualizadas.
            Na modernidade (a partir do séc. XVI), devido a fatores históricos, sociais, culturais, econômicos, políticos, a tecnologia sofre e propicia transformações profundas. E muito além de alterar padrões de comportamento, a tecnologia, a partir da modernidade, contribui para alterar a relação do ser humano com o mundo que o cerca, implicando no estabelecimento de uma outra cosmovisão, diferentemente daquela dos gregos ou dos medievais (MIRANDA, 2002, p.11).

            Rubens finaliza dizendo, que nesse segundo dilúvio há correntezas muito     fortes e nadar contra é difícil, mas ninguém consegue fugir, todos estão inseridos nesse processo.






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