1-
Houve uma
breve conversa sobre o que acharam do MAPA: divisão das salas por interesses, a
intervenção do Moska e do João, às apresentações da pós sobre as palestras e
minicursos.
2-Tema: Cybercultura
Leitura
principal: LÉVY, P. Cybercultura e
educação.
A
atualidade é “Uma era da velocidade”, através do desenvolvimento das
tecnologias, a circulação de informações a todo instante e as gerações atuais
estando conectados cada vez mais. Sobre isso Lévy (1999) afirma:
Em
primeiro lugar, o crescimento do ciberespaço resulta de um movimento
internacional de jovens ávidos para experimentar, coletivamente, formas de
comunicação diferentes daquelas que as mídias clássicas nos propõem. Em segundo
lugar, que estamos vivendo a abertura de um novo espaço de comunicação, e cabe
apenas a nós explorar as potencialidades mais positivas deste espaço nos planos
econômicos, político, cultural e econômico.
As arcas do segundo dilúvio dançam entre si.
Trocam sinais. Fecundam-se mutuamente. Abrigam pequenas totalidades, mas sem
nenhuma pretensão ao universal. Apenas o dilúvio é universal. Mas ele é
intotalizável. É preciso imaginar um Noé modesto (LÉVY, pg. 15).
Sobre
o entendimento a respeito do segundo dilúvio Glaucia diz, que na época do
primeiro dilúvio existia apenas uma arca, está que só Deus tinha o conhecimento
e ele escolia quem receberia. Assim, entendimentos não podem mais nos apegar, e
precisamos aprender a lidar com essas informações, e não se cria raízes
fechadas em apenas um conhecimento. É necessário aprender a nadar, e ir se
reinventando para conseguir transitar entre as barcas.
A
liberdade de escolha que a sociedade possui é imensa, podendo entrar, sair e
assim ver a qual se encaixa melhor, sobre isso Vinicius diz, que hoje
se participa de vários universos e se cria o seu próprio universo. Continua
Rubens, se cria a partir de discursos, sendo possível praticar a liberdade e
escapar dos discursos formando aquilo que tem mais potência para cada um.
Conforme
esse processo acelerado das informações, Rubens lê o trecho “A quantidade bruta
de dados disponíveis se multiplica e se acelera. A densidade dos links entre as
informações aumenta vertiginosamente nos bancos de dados, nos hipertextos e nas
redes. Os contatos transversais entre os indivíduos proliferam de forma
anárquica. É o transbordamento caótico das informações, a inundação de dados,
as água tumultuosas e os turbilhões da comunicação, a cacofonia e o psitacismo ensurdecedor
das mídias, a guerra das imagens, as propagandas e as contra-propagandas, a
confusão dos espíritos.” E continua dizendo, a cacofonia como uma repetição de
um som desagradável e o psitacismo como um efeito papagaio. Assim, pensando que
muito já se procura a respeito de como sair dessa “alienação” que a tecnologia
causa, temos como exemplo nos EUA já estão praticando o ficar sem mexer no
celular dentro de casa e os Chineses por exemplo, estão vindo para o Brasil,
para entender o como é trabalhar com a terra. Sendo possível observar que, as
pressões por essa tecnologia é tanta, que já estão começando a fugir dela.
A
respeito disso Rubens trouxe um vídeo “omelete batman ou atriz pornô”, sendo um
jogo através de um óculos, uma realidade virtual. Sobre isso, Moska diz, que
haverá uma depressão pós-jogo, o ter que voltar para realidade e Rubens
continua, que muitos irão querer jogar para sair/esquecer da realidade que vive,
sendo assim o jogo promove uma outra vida.
Com
isso, Lévy diz que a tecnologia é uma técnica condicionada, ou seja, que abre
algumas possibilidades, mas que nem todas serão aproveitadas. Isso, ele associa
com o estribo, que na Idade Média modificou e prevaleceu, sendo fundamental
para as cavalarias de uma forma mais segura. Relacionando com a tecnologia, a
qual abre condições para cada um ver a qual lhe convém.
Sobre
essa tecnologia “inserta”, Monique lê o trecho “Novo pharmakon, a inteligência coletiva que favorece a cibercultura é ao
mesmo tempo um veneno para aqueles
que dela não participam (e ninguém pode participar completamente dela, de tão
vasta e multiforme que é) e um remédio para
aquelas que mergulham em seus turbilhões e conseguem controlar a própria deriva
no meio de suas correntes”, sendo assim automaticamente a tecnologia será um
veneno, pois o quão rápida é não conseguimos acompanha-la. Continua Anderson
dizendo, que a tecnologia nos ultrapassa cada vez mais rápida. E Glaucia diz, que antes os jovens diziam que
as pessoas de idades era as mais sábias, já hoje dizem que são as mais
desatualizadas.
Na
modernidade (a partir do séc. XVI), devido a fatores históricos, sociais,
culturais, econômicos, políticos, a tecnologia sofre e propicia transformações
profundas. E muito além de alterar padrões de comportamento, a tecnologia, a
partir da modernidade, contribui para alterar a relação do ser humano com o
mundo que o cerca, implicando no estabelecimento de uma outra cosmovisão,
diferentemente daquela dos gregos ou dos medievais (MIRANDA, 2002, p.11).
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