segunda-feira, 1 de abril de 2019

30/03/2019 - Subjetividade e Corpo

Iniciamos o encontro relatando sobre as nossas ações quanto a leitura, que buscamos a extração, o trazer para a nossa realidade - Educação - e a busca constante de aproximações com o ensinar e o aprender, permitindo a criação com os seus significados. Se dando pela leitura do permitir-se aos fluxos e após o término, o entendimento das estruturas do textos e as compreensões adquiridas.
As nossas discussões, se deu com um breve comentário do texto "Sensibilizar para viver a criação" e priorizamos o texto “Educação, cultura e subjetividade: Deleuze e a Diferença”, que se aproxima muito do nosso foco e ações, subjetividade e corpo.
            Sobre o primeiro texto relacionado a dança, problematizamos o entendimento sobre a parte prática da autora, dificuldade do entendimento, mas que se deu pelas conexões com o outro, que permite a criação e a sensibilização com as práticas de si, sendo sempre imanente, que sai ali, naquele momento que se deu os encontros, impactando o momento com o deixar fluir. Isto se dá pelos encontros se resultarem do entre, a filosofia relacional. Cabe a compreensão que a racionalidade trava as nossas ações, pelas marcações que são dadas e direcionadas, como a Lilian deu o exemplo do Ballet, todos sabem ou possuem uma noção imediata do que seja. E o Rubens continuou dizendo que quando somos mediados pela razão, nos distanciamos do nosso corpo, de si mesmo, porque não estamos a vontade. Compreendendo assim, que a dança-educação são como a junção do sentir e o fazer, pelos encontros e significados.
            O segundo texto, iniciou com o exemplo de Rubens, de uma aula, sobre a filosofia da diferença, que estando naquele momento a visão flui, mas que ao sair daquele instante já se encontra novamente no racional.  E que  toda repetição carrega uma diferença, como Rubens disse todos nós possuímos uma rotina, por exemplo,  todo dia você vai para faculdade, isso se repete diariamente, mas não é a mesma coisa, igualzinho por descrição todo o dia, acontece algo que o difere dos demais dias.
            Para Deleuze não existe uma identidade, já que são infinitos modos de existência e para o filósofo o corpo coexistem em duas grandezas: VIRTUAL (se atualiza, possibilidade) e o  ATUAL (uma expressão do virtual). A duração da virtualidade sendo a que dá: a diferença de grau (um pequeno instante que muda a natureza, intensidade de fluxos), damos como exemplo um dia como de rotina está indo ao trabalho e é fechado por um carro; e a diferença de natureza (intensidade de acontecimentos), damos como exemplo, a sua mãe morre e afeta o todo. A repetição, resulta o nosso pensamento em que não denota para pensar essas diferenças, só quando acontece, porque nunca se percebe a mudança que irá acontecer e quando percebe, já se tornou uma repetição, "em filosofia, a primeira vez é já a segunda; é essa a noção de fundamento. Sem dúvida, de certa maneira, o produto é que é, e o movimento é que não é, que não é mais" (DELEUZE, 1999, p.127).
            O corpo sempre está no E,E,E,E... e não no OU, OU, OU,.... Pensando na multiplicidade, já que esse corpo não tem identidade (só se sabe pelo momento que esteve). E o que se repete é a matéria, repete, mas carrega a diferença, só enxergamos a matéria. A ciências analisa o grau da repetição dessa matéria, mas há uma diferença do virtual, que atualiza de outra maneira a sua perspectiva e a natureza só está no pós, o que difere é a duração, mudança na forma de existência para cada um.  

" As multiplicidades são a própria realidade e não supõe nenhuma unidade, não entram em nenhuma totalidade e tampouco remetem a um sujeito. As subjetivações, as totalizações, as unificações são, ao contrário, processos que se produzem e aparecem nas multiplicidades. Os princípios característicos das multiplicidades concernem a seus elementos, que são singularidades; as suas relações, que são devires; a seus agenciamentos, que são hecceidades (quer dizer, individualizações sem sujeito); a seus espaços-tempos que são espaços e tempos livres; a seu modelo de realização, que é o rizoma (por oposição ao modelo da árvore); a seu plano de composição, que constitui platôs (Zonas de intensidade contínua); aos vetores que as atravessam, e que constituem territórios e graus de desterritorialização.” (DELEUZE; GUATARI, 1995, p.8).

            Trecho que foi abordado por Rubens, para que haja o entendimento de todos de alguns conceitos necessários para dar continuidade as leituras e estar familiarizado para todos: singularidade, devires, acontecimento, hecceidade, espaço tempo livre, rizoma, cartografia, platôs, território e agenciamento.
            Finalizamos com um trecho do texto e a problematização de que o encontro nosso de pistas e princípios, permite o fluxo maior. "O desafio posto para o professor de Educação é propor uma educação cujas práticas educativas não impeçam o devir, mas o implementem. Portanto o desafio é o de implementar o exercício da infância e o pensamento” (ABRAMOWICZ et al., 2009).






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