Iniciamos o encontro relatando sobre as nossas ações quanto a leitura,
que buscamos a extração, o trazer para a nossa realidade - Educação - e a busca
constante de aproximações com o ensinar e o aprender, permitindo a criação com
os seus significados. Se dando pela leitura do permitir-se aos fluxos e após o
término, o entendimento das estruturas do textos e as compreensões adquiridas.
As nossas discussões, se deu com um
breve comentário do texto "Sensibilizar para viver a criação" e
priorizamos o texto “Educação, cultura e subjetividade: Deleuze e a Diferença”,
que se aproxima muito do nosso foco e ações, subjetividade e corpo.
Sobre o primeiro texto
relacionado a dança, problematizamos o entendimento sobre a parte prática da
autora, dificuldade do entendimento, mas que se deu pelas conexões com o outro,
que permite a criação e a sensibilização com as práticas de si, sendo sempre
imanente, que sai ali, naquele momento que se deu os encontros, impactando o
momento com o deixar fluir. Isto se dá pelos encontros se resultarem do entre,
a filosofia relacional. Cabe a compreensão que a racionalidade trava as nossas
ações, pelas marcações que são dadas e direcionadas, como a Lilian deu o
exemplo do Ballet, todos sabem ou possuem uma noção imediata do que seja. E o
Rubens continuou dizendo que quando somos mediados pela razão, nos distanciamos
do nosso corpo, de si mesmo, porque não estamos a vontade. Compreendendo assim,
que a dança-educação são como a junção do sentir e o fazer, pelos encontros e
significados.
O segundo texto,
iniciou com o exemplo de Rubens, de uma aula, sobre a filosofia da diferença,
que estando naquele momento a visão flui, mas que ao sair daquele instante já
se encontra novamente no racional. E que
toda repetição carrega uma diferença, como Rubens disse todos nós
possuímos uma rotina, por exemplo, todo
dia você vai para faculdade, isso se repete diariamente, mas não é a mesma
coisa, igualzinho por descrição todo o dia, acontece algo que o difere dos
demais dias.
Para Deleuze não existe
uma identidade, já que são infinitos modos de existência e para o filósofo o
corpo coexistem em duas grandezas: VIRTUAL (se atualiza, possibilidade) e o
ATUAL (uma expressão do virtual). A duração da virtualidade sendo a que
dá: a diferença de grau (um pequeno instante que muda a natureza, intensidade
de fluxos), damos como exemplo um dia como de rotina está indo ao trabalho e é
fechado por um carro; e a diferença de natureza (intensidade de
acontecimentos), damos como exemplo, a sua mãe morre e afeta o todo. A
repetição, resulta o nosso pensamento em que não denota para pensar essas
diferenças, só quando acontece, porque nunca se percebe a mudança que irá
acontecer e quando percebe, já se tornou uma repetição, "em filosofia, a
primeira vez é já a segunda; é essa a noção de fundamento. Sem dúvida, de certa
maneira, o produto é que é, e o movimento é que não é, que não é mais"
(DELEUZE, 1999, p.127).
O corpo sempre está no
E,E,E,E... e não no OU, OU, OU,.... Pensando na multiplicidade, já que esse
corpo não tem identidade (só se sabe pelo momento que esteve). E o que se
repete é a matéria, repete, mas carrega a diferença, só enxergamos a matéria. A
ciências analisa o grau da repetição dessa matéria, mas há uma diferença do
virtual, que atualiza de outra maneira a sua perspectiva e a natureza só está
no pós, o que difere é a duração, mudança na forma de existência para cada um.
" As multiplicidades são a própria realidade e não supõe nenhuma
unidade, não entram em nenhuma totalidade e tampouco remetem a um sujeito. As
subjetivações, as totalizações, as unificações são, ao contrário, processos que
se produzem e aparecem nas multiplicidades. Os princípios característicos das
multiplicidades concernem a seus elementos, que são singularidades; as suas
relações, que são devires; a seus agenciamentos, que são hecceidades (quer
dizer, individualizações sem sujeito); a seus espaços-tempos que são espaços e
tempos livres; a seu modelo de realização, que é o rizoma (por
oposição ao modelo da árvore); a seu plano de composição, que constitui platôs
(Zonas de intensidade contínua); aos vetores que as atravessam, e que
constituem territórios e graus de desterritorialização.” (DELEUZE;
GUATARI, 1995, p.8).
Trecho que foi abordado
por Rubens, para que haja o entendimento de todos de alguns conceitos
necessários para dar continuidade as leituras e estar familiarizado para todos:
singularidade, devires, acontecimento, hecceidade, espaço tempo livre, rizoma,
cartografia, platôs, território e agenciamento.
Finalizamos com um
trecho do texto e a problematização de que o encontro nosso de pistas e
princípios, permite o fluxo maior. "O desafio posto para o professor de
Educação é propor uma educação cujas práticas educativas não impeçam o devir,
mas o implementem. Portanto o desafio é o de implementar o exercício da
infância e o pensamento” (ABRAMOWICZ et al., 2009).
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